Brasil não tem chance de negociar com os EUA enquanto o clã Bolsonaro sabotar

Fernando Haddad
(foto rovena rosa – ag brasil)

O Brasil não tem chances de negociar com os EUA enquanto o clã Bolsonaro estiver agindo contra os brasileiros e dinamitando todas as pontes de negociação. Mesmo países muito mais próximos dos EUA como o Canadá e México, que não têm traidores infiltrados agindo nos EUA, estão tendo grande dificuldade de negociação. A negociação com o Canadá, por exemplo, já dura 6 meses.

O cancelamento da reunião virtual entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, marcado para esta quarta-feira (13), é apenas um sinal claro de falta de disposição da Casa Branca para avançar nas negociações sobre a sobretaxa aplicada a produtos brasileiros.

Além de toda a dificuldade de qualquer país do mundo de fechar um acordo com o imprevisível governo Trump, o Brasil tem uma taxação extra chamada clã Bolsonaro, que tem atuado, e pior, assumido publicamente essa função, para impedir qualquer avanço nas negociações. Prejudicam o país por interesses privados da família de extrema direita. Além da atuação em solo dos EUA de Eduardo Bolsonaro e de Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Batista Figueiredo, outras pessoas podem estar agindo nos EUA.

A brasileira, Susana Cordeiro Guerra, ex-presidente do IBGE, no governo Bolsonaro, emerge como peça-chave em um novo arranjo de poder dentro do governo Trump. Diplomatas brasileiros indicam que Susana tem atuado como uma espécie de informante técnica de confiança da Casa Branca sobre os rumos políticos do governo Lula. Casada com Elbridge Colby, subsecretário de Defesa dos EUA e aliado de Trump, ela conecta finanças, inteligência e influência bolsonarista.


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