
O bolsonarismo é uma espécie de doença cívica de difícil resolução porque já se espalhou por todo o corpo da sociedade. No mesmo dia em que deputados abriram a bandeira de Trump, que está atacando o Brasil com tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em plena Câmara dos Deputados, a Polícia Civil de São Paulo identificou o bolsonarista Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, como o responsável por ao menos 18 ataques a ônibus na Grande São Paulo. Ele atacava os ônibus com pedras e estilingue e chumbinho de pescaria.
Em depoimento à delegacia de São Bernardo do Campo, Campolongo alegou motivação política, afirmando que queria “mudar o país” e mobilizar pessoas. Ele é funcionário concursado da CDHU há três décadas e exercia função vinculada à gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Campolongo mantinha um perfil no Facebook com publicações críticas ao presidente Lula, ao PT e às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Apesar disso, o delegado Júlio César de Almeida, que conduz a investigação, afirmou que o suspeito não é filiado a partidos ou organizações políticas, o que mostra a gravidade do extremismo bolsonarista na população.
Durante coletiva, o secretário-executivo de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, afirmou que ainda não é possível confirmar a veracidade da motivação política relatada. Autoridades investigam se o suspeito estaria tentando apenas chamar atenção. A preocupação com o “efeito manada” é crescente, já que outras 22 pessoas foram detidas desde o início dos ataques, muitos aparentemente sem motivação clara.
A polícia também revelou que Campolongo utilizou um carro da CDHU para praticar parte dos crimes. Ele teria contado com o auxílio do irmão, Sérgio Aparecido Campolongo, de 56 anos e desempregado, em algumas ações. Ambos foram identificados com ajuda de imagens de câmeras de monitoramento. (com informações do DCM e CNN)
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