Banco do BRICS é o agente que provoca transformação na ordem econômica mundial

(foto joédson alves – ag brasil)

O Banco dos Brics (Novo Banco de Desenvolvimento – NDB), presidido por Dilma Rousseff, está no centro de uma transformação da ordem mundial. O banco é uma espécie de poder executor das decisões do Brics e quem poderá fazer grandes transformações em duas frentes: financiar projetos de integração e desenvolvimento e avanços de tecnologias financeiras do bloco, criando uma alternativa mais barata à ordem controlada por Europa e EUA.

Essa transformação fica evidente quando o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaça taxas extras a produtos de países que se alinhem ao grupo, formado por 11 nações, entre elas Brasil Rússia Índia, China e África do Sul. A ameaça de taxação foi feita durante a Cúpula dos Brics, em rede social.

O Brics é um bloco que reúne representantes de 11 países membros permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Também participam os países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão. Sob a presidência do Brasil, a 17ª Reunião de Cúpula do Brics ocorre no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho.

Os 11 países representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. Em 2024, países do Brics receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto nós compramos desses países 34% do total do que importamos.

Um dos projetos financiados pelo banco do Brics presidido por Dilma Rousseff será um estudo de viabilidade técnica e econômica para a construção de uma rede de comunicação de alta velocidade por meio de cabos submarinos. A medida já havia sido discutida pelos ministros de Ciência, Tecnologia e Inovação do grupo e agora foi incluída na Declaração Final da 17ª Reunião de Cúpula.

“Fazer um estudo de viabilidade para o estabelecimento de cabos submarinos ligando diretamente membros do Brics aumentará a velocidade, a segurança e a soberania na troca de dados”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na segunda sessão plenária da reunião de Cúpula, que ocorre neste domingo (6) e segunda-feira (7), no Rio de Janeiro.

O estudo é o primeiro passo para a construção dessa infraestrutura necessária, por exemplo, para o compartilhamento de dados entre os países e trocas financeiras independentes e mais econômicas

Outro ponto importante do banco é a criação de garantias multilaterais entre países. A declaração final dos Brics também mencionou o início das discussões sobre uma iniciativa de Garantias Multilaterais (GMB), entre os países do Brics. Esse instrumento pretende reunir ativos de vários países para cobrir eventuais inadimplências. Caso entre em prática, esse sistema resulta em juros mais baixos para empréstimos e financiamentos externos.

Na cúpula, o Banco do Brics fez a admissão formal da Colômbia e do Uzbequistão como membros mutuários da instituição. Com a decisão, o banco amplia sua base de atuação e sua missão de financiar infraestrutura e projetos sustentáveis em economias emergentes. (Com informações da Ag. Brasil)


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