Em dois anos, governo Lula tem como marca redução da fome e pobreza, reforma tributária e agora um país de classe média

(foto marcelo camargo – ag brasil)

O governo Lula fechou 2024 com o menor desemprego da história, inflação controlada, alto crescimento do PIB, aprovação da Reforma Tributária, redução da pobreza extrema, aumento real do salário mínimo, recorde de turistas internacionais, aumento da cobertura de vacinas e agora um levantamento da Tendências Consultoria revela que, no ano passado, 50,1% dos lares brasileiros se situaram nas classes A, B e C, com renda acima de R$ 3,4 mil. O Brasil voltou a ser um país de classe média, em situação melhor até do que antes do golpe parlamentar de 2026.

Tudo isso e após dois anos de governo Lula, mas a mídia tradicional brasileira insiste em dizer que o governo petista não tem o que mostrar nas eleições de 2026. Bradam que falta uma marca para o governo Lula.

Talvez o Brasil voltando a ser uma país de classe média seja uma boa marca. A ascensão social da população brasileira sempre marcou as gestões do Partido dos Trabalhadores (PT). Não poderia ser diferente no governo Lula 3: em 2024, o Brasil voltou a ser um país majoritariamente de classe média, graças às políticas adotadas pelo petista desde que assumiu a Presidência. É o que revela estudo elaborado pela Tendências Consultoria e publicado, no domingo (5), pelo jornal O Globo.

Mais da metade dos domicílios brasileiros (50,1%) agora estão nas classes A, B e C, com renda mensal acima de R$ 3,4 mil. O levantamento atribui o cenário animador à retomada da economia, percebida na queda do desemprego e no aumento da renda. A última vez que o índice esteve acima desse patamar foi em 2015, durante o governo Dilma Rousseff, quando atingiu 51%.

“Desde 2023, houve migração importante das famílias da classe D/E para a classe C, decorrente da melhora significativa do mercado de trabalho no pós-pandemia”, explica a economista Camila Saito, da Tendências. De acordo com ela, o crescimento da renda nos últimos anos se deve à política de valorização real do salário mínimo, defendida e implementada pelo PT, mas abandonada pela sanha neoliberal dos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Por meio da rede social X, o presidente Lula comemorou a ampliação da classe média trabalhadora: “Esse é o país que estamos construindo juntos, onde as famílias têm mais emprego e renda, mais oportunidades e crescimento econômico”.

Na percepção do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, os resultados sociais são ainda melhores que os de 2014, ano mais positivo para o mercado de trabalho até então. “Nos nossos estudos da nova classe média, três componentes estavam presentes: crescimento do PIB, como está havendo nos últimos dois anos; crescimento da renda do trabalho bem acima do PIB, que está acontecendo também”, aponta.

“Em 2023, a alta do rendimento do trabalho só perdeu para o boom do Real [em 1994] em único ano”, compara Neri.

O último componente, argumenta o economista da FGV, é a queda da desigualdade ocorrida no ano passado. “Até o terceiro trimestre, a renda média domiciliar per capita em 12 meses cresceu 6,98%, mas entre os 50% mais pobres, a alta foi de 10,2%”, afirma.

Apesar de divulgar o trabalho da Tendências Consultoria, e de até procurar especialistas, O Globo foi incapaz de atribuir ao governo Lula as alterações na pirâmide social do Brasil. A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reagiu aos malabarismos do jornalão fluminense. A parlamentar fez questão de mencionar o golpe de 2016 e o fracasso das políticas encampadas pela mídia burguesa.

“A ascensão social da maioria dos brasileiros em 2024 é o resultado direto da retomada do emprego e do aumento real dos salários no governo do presidente Lula, mas a manchete do @‌JornalOGlobo e o texto da matéria sobre um estudo da Tendências Consultoria escondem o nome do responsável por essa grande mudança. Por trás dessa ausência no editorial está a comprovação do fracasso das políticas econômicas apoiadas pela mídia desde o golpe do impeachment e no desgoverno Bolsonaro-Guedes”, criticou Gleisi, nas redes sociais.

Para a presidenta do PT, “não foi o ‘pós-pandemia’ que promoveu a ascensão social, foi Lula, apesar dos dois anos em que foi sabotado por um BC nomeado pelo governo anterior, que manteve juros estratosféricos”.

“E as maiores ameaças ao processo de inclusão e ascensão social continuam sendo a política monetária absurdamente contracionista e a pressão descabida por cortes nos investimentos públicos, como se este governo não estivesse fazendo um enorme esforço fiscal”, acrescentou a petista.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), por sua vez, publicou um vídeo nas redes sociais reverberando o levantamento da Tendências. Ele também lamentou que O Globo tenha omitido o PT das conquistas sociais alcançadas pela população do país tanto sob Lula quanto sob Dilma.

“Você veja: a gente chegou em 2024, volta ao número de 2015. Em 2015, nós já tínhamos maioria da população nessas classes médias. Agora o que a matéria não fala é do Lula. Porque até 2015, o governo era nosso, do PT, depois saiu, entrou Temer, Bolsonaro, aumentou a desigualdade no país”, ironizou Lindbergh. (com informações do ptorg)