(foto: arquivo mtur)
Os tradicionais Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal conquistaram o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. É a primeira vez que a maneira de preparar um alimento brasileiro é referendada na lista da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), um reconhecimento internacional à gastronomia do país.
Apresentada em março de 2023 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com o apoio do Ministério do Turismo, a candidatura foi referendada na 19ª sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em Assunção, no Paraguai.
Envolvendo técnicas ancestrais de mais de 300 anos preservadas em 106 municípios de Minas Gerais, os Modos de Fazer o Queijo Minas se juntam a seis bens brasileiros que já são patrimônio: o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, a Arte Kusiwa (pintura corporal e arte gráfica Wajãpi), o Frevo, (expressão artística do Carnaval de Recife-PE), o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Roda de Capoeira e o Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão.
Além dos conhecimentos e técnicas passadas de geração em geração, a produção de queijo de leite cru envolve diversas tradições e valores culturais, fazendo do produto um alimento que é referência para a cultura nacional e a identidade regional de diferentes lugares de Minas Gerais. Também é uma importante atividade socioeconômica para a inclusão e o desenvolvimento dessas cidades.
Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal também são reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan. O instituto do governo federal apresentou a candidatura do bem à lista da Unesco a partir de um requerimento apresentado por integrantes da Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo) e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. (Com informações do Ministério do Turismo)