Depois das eleições, muita gente diz que se arrependeu de votar em certo candidato. Mas tem também quem nunca se arrependeu do seu voto. Pode até não concordar com tudo, mas sabia exatamente ou razoavelmente em quem estava votando.
Parece estranho, mas tomar a decisão do voto pelas campanhas eleitorais em véspera de eleição ou mesmo pelas promessas e discursos de campanha é um erro crasso.
A ideia do voto certo, em quem votar, nasce antes da campanha eleitoral. Na campanha eleitoral, o eleitor deve apenas afinar o voto em um candidato, mas o mais importante é o campo político (que podemos traduzir como grupo de amigos e de interesses). Ou seja, em qual “grupo de amigos” você vai votar?
E a melhor forma de saber em qual grupo você está votando não é decidir o voto na campanha eleitoral ou no discurso do candidato, mas no histórico do grupo, na prática das votações.
Por exemplo, veja a imagem acima. Se você é a favor de jogar todo tipo de veneno nas plantações e nos alimentos, de destruir o meio ambiente, comece votando pelo partido Novo (30), Republicanos (10) ou União Brasil (44). Os dados acima mostram que você não vai se arrepender do voto. Mesmo que os políticos desse partidos digam o contrário na véspera das eleições, que vão proteger a Natureza, não se engane, continue votando neles pela destruição e não se arrependerá.
Se você quer tirar direito da população brasileira, gerar miséria e beneficiar os ricos e cortar os investimentos em saúde e educação, você deve votar no MDB, PP, PSDB, Republicanos (veja gráfico acima dos votos na PEC do Teto de gastos em Saúde e Educação, reforma trabalhista e terceirização).
Se você quer aniquilar os direitos indígenas do Brasil você pode digitar 22 (PL), 44 (União Brasil), 11 (PP), 10 (Republicanos) e outros. Veja imagem ao lado que a grande maioria desses partidos votou pelo SIM.
Agora se você quer o contrário de tudo isso, basta votar nos outros partidos. Veja quantos partidos você pode escolher para proteger direitos da população e o meio ambiente: 13 (PT), 50 (PSOL), 18 (Rede), 65 (PCdoB) e até 12 (PDT). A prática e não o discurso é a melhor forma de decidir o voto.