As duas novidades no campo progressista e democrático na Câmara de Campinas nas eleições municipais de 2024, que aconteceram neste domingo, 6, em todo o Brasil, foram o professor Ciência Política da Unicamp, Wagner Romão (PT), e a médica infectologista e servidora pública Fernanda Souto(PSOL). Os dois representam, de certa forma, uma vitória da ciência contra o negacionismo da extrema direita. Os dois novos eleitos foram entrevistados no Carta na Breja.
Wagner Romão é professor de Ciência Política da Unicamp e foi o primeiro suplente do Partido dos Trabalhadores (PT) na eleição municipal de 2020. Ativista do novo movimento sindical docente e da questão ambiental, foi presidente da Associação de Docentes da Unicamp (ADunicamp). É também especialista no estudo de inovações democráticas e políticas públicas. Romão entra como vereador como um representante da ciência brasileira, que foi ameaçada durante os últimos governos negacionistas de extrema direita.
Fernanda Souto é médica do SUS, servidora do município de Campinas e trabalhadora do Hospital da PUCC. Fernanda trabalhou durante a pandemia de Covid-19 e viveu de perto as consequências do negacionismo da extrema direita bolsonarista, que levou a morte mais de 700 mil pessoas no Brasil, número bem acima da média mundial. Filha de um operário e uma cozinheira, Fernanda representa uma mudança na história familiar com a sua formação científica na área médica.
O campo da esquerda manteve 6 vereadores, dos 33 eleitos, a mesma quantidade de vereadores da última legislatura. Foram reeleitos Guida Calixto e Paolla Miguel (PT), Mariana Conti (PSOL) e Gustavo Petta (PCdoB). Paulo Bufalo (PSOL) e Cecílio Santos (PT) não conseguiram se reeleger.
Na prefeitura, Dario Saadi (Republicanos), foi eleito em primeiro turno com 66% dos votos. Pedro Tourinho (PT) ficou em segundo com 23% dos votos.