(foto: divulgação)
Em São Paulo – Com recriações de cenários e um panorama de seus trabalhos mais influentes, a exposição “O Cinema de Billy Wilder”, até 31 deste mês no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, homenageia um dos cineastas mais célebres do século 20, diretor de clássicos como “Crepúsculo dos Deuses” e “Quanto Mais Quente Melhor”.
A exposição ocupa os três andares do museu, convidando os visitantes a mergulhar na piscina de Norma Desmond, dançar com Marilyn Monroe, tramar golpes no cinema noir, desvendar casos de tribunal concebidos por Agatha Christie, escapar do inferno número 17 e se render aos encantos de Sabrina.
A mostra faz um percurso pela extensa filmografia de Billy Wilder, destacando 13 dos seus 27 longas-metragens. Concebida inteiramente pelo MIS, tem curadoria do diretor-geral do museu, André Sturm, e conta com textos de Ana Lúcia Andrade, especialista na obra do cineasta, autora do livro “Entretenimento Inteligente – O Cinema de Billy Wilder”.
Entre cartazes, fotografias de bastidores, stills de filmes, cenas selecionadas e editadas exclusivamente para a mostra, objetos de cena, figurinos originais usados nas gravações e depoimentos em vídeo de pessoas que conviveram com o diretor, a exposição aproxima o visitante do fazer cinematográfico, ao mesmo tempo que apresenta a trajetória profissional do cineasta.
“Billy Wilder foi um dos maiores diretores e roteiristas de todos os tempos, um cineasta criativo, genial, corajoso e ousado”, diz André Sturm. “Seus filmes foram feitos dentro do sistema de Hollywood e conseguiam ser sucesso de bilheteria, ao mesmo tempo em que eram repletos de segundas leituras, fazendo com que o público se interesse por eles até hoje. Seus roteiros ironizavam, de forma sutil e outras vezes nem tanto, hábitos, tabus e assuntos delicados num tempo de forte censura.”
Indo desde o primeiro longa-metragem que dirigiu, “Semente do mal” (1934), a exposição faz um passeio que vai muito além da obra de Wilder, ao proporcionar uma viagem pelo próprio cinema. Apresenta ao público salas dedicadas exclusivamente a filmes selecionados pela curadoria, entre eles “Pacto de sangue” (1944), “Se Meu Apartamento Falasse” (1960), “Farrapo Humano” (1945), e “A Vida Íntima de Sherlock Holmes” (1970).
A mostra traz ainda produções que contaram com a musa e ícone pop Marilyn Monroe no elenco: “Quanto Mais Quente Melhor” (1959) e “O Pecado Mora ao Lado” (1955), responsável por uma das cenas mais icônicas do cinema ocidental: Marilyn com seu vestido branco esvoaçante em cima da grade do metrô.
Entre as galerias exclusivas, está também a do filme que se tornou seminal para o cinema moderno, “Crepúsculo dos Deuses” (1950), vencedor dos prêmios Oscar de Melhor Roteiro Original, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora. O filme mostra uma versão pouco explorada dos bastidores da fama e do poder em Hollywood, protagonizado por uma estrela decadente e um roteirista em busca de ascensão. Os destaques da exposição contam ainda com os longas “A Montanha dos Sete Abutres” (1951), “O Inferno Nº 17” (1953), “Sabrina” (1954), “Testemunha de Acusação” (1957) e “Irma La Douce” (1963).
O museu oferece também uma programação especial paralela, com exibição de filmes, além de debates, cursos, masterclasses e bate-papos sobre o cineasta e o cinema de seu tempo.
(com informações de divulgação)
Serviço
Data: até 31/10
Horários: terças a sextas-feiras, domingos e feriados das 10h às 19h, e aos sábados das 10h às 19h
Local: Museu da Imagem e do Som (MIS) São Paulo
Endereço: Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo-SP
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), com venda on-line pelo link, e grátis às terças-feiras e na terceira quarta-feira do mês