(foto: divulgação)

A mostra “Cinco Mil Anos de Arte Chinesa – Coleção Cerqueira Leite”, que encerraria sua temporada neste sábado (12), foi prorrogada e pode ser vista até 16 de novembro na galeria do Instituto CPFL, em Campinas. A exposição reúne mais de 300 peças, em um percurso histórico milenar desde o período neolítico (6500 a 1700 a.C.) até a época da República da China (1912 d.C.), passando por cinco dinastias – Han, Tang, Song, Ming e Qing, e já recebeu cerca de 2.600 visitantes.

É composta por obras do acervo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp e presidente de honra do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma das mais completas coleções de peças chinesas na América do Sul, com esculturas, máscaras e outros objetos em bronze, cerâmica, porcelana, marfim e madeira, além de pinturas de paisagens, retratos e cenas cotidianas.

Fruto de suas viagens à China e de seu constante interesse pela história cultural do país, para o colecionador, o conjunto das obras tem um significado especial, por exemplo, ao mostrar a elaboração estética que se faria em objetos artísticos sendo usada pelos artesãos mesmo em peças de uso utilitário, como vasos, chaleiras e incensários.

Ainda que se destaquem a beleza e requinte do jade, considerada pedra nacional da China, para Cerqueira Leite, é a esteatita o mineral artístico mais versátil da milenar tradição chinesa em esculturas. “Eu me sinto bem mais fascinado pela esteatita dadas as muitas caraterísticas que ela pode adquirir: pode ser transparente, de fundo amarelo, escura, até mesmo sem graça, mas, por outro lado, pode ter um belíssimo amalgamado de cores”, diz.

A peça favorita de Cerqueira Leite é um vaso em esteatita da dinastia Song do Norte (960 a 1127 d.C.), com corpo alongado de coloração avermelhada, mas ao mesmo tempo translúcida. “Meu fascínio pela China é muito parecido com o meu fascínio pela esteatita. A civilização de Confúcio, com suas múltiplas dimensões, evoca uma riqueza de variedade insuperável”, compara.

A curadoria é da arquiteta e historiadora da arte Renata Sunega, que já trabalhou anteriormente com outras coleções do acervo de Cerqueira Leite. Ela destaca a riqueza e diversidade de peças e materiais expostos, com itens que vão desde um par de selos de pedra pertencentes ao imperador Qin Shi Huang (221 a.C.), passando por inúmeras estátuas em madeira e metal de divindades budistas e taoístas, até um conjunto multicolorido de frascos de rapé produzidos durante a dinastia Qing (1644 a 1912 d.C.).

Além da exposição, a programação inclui duas oficinas: de Corte de Papel, prática milenar inventada na dinastia Han (206 a.C. a 220 d.C.) reconhecida como cultura imaterial pela Unesco, e de Nó Chinês, arte decorativa popular artesanal que começou na Dinastia Tang e Song (960-1279 d.C.) em geral ofertada como presente para oferecer bons desejos a quem recebe. A Oficina Corte de Papel será realizada nesta terça-feira (8) e a de Nó Chinês no sábado (12), sempre das 15h às 16h, em parceria com o Instituto Confúcio e a Proec/Unicamp, com inscrições prévias.

Também é possível fazer um tour virtual e acessar o catálogo digital da mostra, além de agendar visitas guiadas, com intérprete de Libras.

(com informações de divulgação)

Serviço

Data: até 16/11
Horário: visitação das 9h às 18h (segunda a sexta) e das 10h às 16h (sábado)
Local: Galeria do Instituto CPFL
Endereço: Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1.632, Chácara Primavera, Campinas-SP
Ingressos: entrada gratuita
Tour virtual: pela internet
Catálogo digital: acesso pelo link
Agendamentos para visitas mediadas e oficinas: pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 98720-5806