Cena da animação “Tempo PrA Ciência”, de Wilson Lazaretti (foto: divulgação)
O projeto de animação Beija-Flor, realizado junto a estudantes indígenas da Unicamp, vai realizar duas mostras de filmes autorais, abertas e gratuitas, nos dias 3 e 10 de outubro no LIS, o Laboratório da Imagem e Som do Instituto de Artes (IA) da universidade.
No primeiro dia, a programação inclui os curtas “Quem Sabe” (2001) e “Um Novo Começo” (1997), de Wilson Lazaretti. O primeiro é um clipe lírico da canção de Carlos Gomes, modinha composta pelo maestro e compositor campineiro em 1859. O segundo trata da reciclagem de papel a partir dos personagens de São Jorge e seu dragão. A curadoria é de Mauricio Squarisi.
Completando a sessão do dia 3, estão “1500” (2000) e “Quarks & Léptons” (2019), de Maurício Squarisi, além de ‘Wirandé’ (1992), uma produção coletiva realizada em uma oficina do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas com jovens estudantes. “1500” é uma adaptação livre da carta de Pero Vaz de Caminha. Já “Quarks & Léptons” foi desenvolvido como parte do AnimaFísica, um projeto de divulgação científica ligado ao Instituto de Física Gleb Wataghin, da Unicamp, para tratar de temas científicos de forma acessível ao público não especializado.
A sessão do dia 10 de outubro, com curadoria de Wilson Lazaretti, apresenta produções do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas com temáticas relacionadas à saúde. Estão na lista “Nascidos para Amar” e “Prontos para Amar”, sobre HIV/AIDS; “Quando tudo isso passou” e “Tempo PrA Ciência”, produzidos dentro da iniciativa Unicamp Contra a Covid, e uma série de curtas da série “Tão Longe, Tão Perto”, produzidos durante a pandemia em parceria com o Sesc Campinas em um projeto voltado à terceira idade.
O Beija-Flor
No projeto Beijo-Flor, quatro grupos étnicos – os Tikuna, da região do Rio Solimões, os Tukano, Piratapuya e Tariano, da região do Rio Negro – se uniram para recontar suas histórias, apresentando as origens de cada etnia, a partir da construção de um roteiro de longa-metragem de animação tendo como argumento central a relação de desequilíbrio do homem branco com a natureza e a urgência de se refletir sobre ancestralidades. O roteiro foi produzido com a orientação dos animadores Wilson Lazaretti e Maurício Squarisi, do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas, e o projeto está na fase de busca de recursos para que o filme seja concretizado.
“Há tempos que o Núcleo trabalha com os povos originários, indo inclusive a territórios indígenas para ministrar oficinas de desenho animado. E a ideia do projeto para o desenvolvimento do roteiro veio para fortalecer ainda mais essa relação, sempre com o objetivo de que os próprios roteiristas contem suas histórias e falem de sua cultura através da animação. Para nós, é motivo de orgulho poder contribuir para promover a diversidade cultural e apoiar vozes indígenas através do cinema”, diz Janice Castro, executiva da Diálogos Produções Culturais, proponente do projeto.
(com informações de divulgação)
Serviço
Data: 3/10 e 10/10
Horário: 19h30
Local: Auditório do LIS – Laboratório da Imagem e Som do Instituto de Artes da Unicamp
Endereço: Avenida Érico Veríssimo, 500, Cidade Universitária, Campinas-SP
Ingressos: entrada gratuita