Ato em defesa da mulher em frente à Prefeitura de Campinas (foto: adriana villar)
Segurando cartazes com nomes de vítimas e estatísticas sobre feminicídio e estupro, mulheres protestaram na tarde de segunda-feira (6) contra a violência de gênero em frente à Prefeitura de Campinas. Durante o ato, organizado pelo Comitê Popular Mulheres pela Democracia de Campinas e Região, a vereadora Guida Calixto (PT) anunciou que apresentará nesta terça (7), junto com as vereadoras progressistas Paolla Miguel (PT) e Mariana Conti (PSOL), uma moção na Câmara cobrando medidas e um posicionamento do prefeito Dario Saadi (Republicanos) e dos parlamentares campineiros para combater a onda crescente de violência contra a mulher na cidade e fortalecer os serviços de apoio.
“Queremos que o prefeito Dario Saadi, que representa a pauta da extrema direita em Campinas que persegue as mulheres, se pronuncie”, afirmou Guida ao microfone. Em seus discursos, Paolla e Mariana também criticaram o descaso com que o assunto é tratado pelo governo Dario e por grande parte dos vereadores campineiros.
O protesto reuniu parentes e amigos de vítimas, representantes de movimentos em defesa da mulher, sindicalistas e políticos, entre eles o vereador Paulo Bufalo (PSOL), Márcia Quintanilha (PCdoB), a ex-prefeita de Campinas Izalene Tiene – que assumiu o governo em 2001 após a morte do prefeito Toninho (PT) – e Edilene Santana (PSOL), candidata a vice-prefeita nas próximas eleições municipais na chapa de Pedro Tourinho (PT).
“Campinas continua sendo um terreno inseguro e violento para as mulheres. A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer”, afirmou Edilene durante a manifestação, que marcou os 18 anos da criação da Lei Maria da Penha para punir os diversos tipos de crimes de ódio contra a mulher.
Mais de 139 mil casos de agressões e mortes foram registrados nos primeiros meses deste ano no estado de São Paulo, entre eles 112 feminicídios. Em 2023, o Brasil registrou perto de 84 mil estupros, um a cada seis minutos, e recorde de feminicídios, com 1.467 mulheres mortas.