O Projeto Orion, lançado pelo presidente Lula em Campinas nesta quinta-feira, 4 de julho, é um complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, com instalações de alta e máxima contenção biológica (NB3 e NB4, respectivamente), inéditas na América Latina e as primeiras do mundo conectadas a um acelerador de partículas, o Sirius.
O Orion que está em construção no campus do CNPEM, terá laboratórios de pesquisa básica e aplicada nos níveis de biossegurança 2, 3 e 4; técnicas analíticas e competências avançadas de bioimagens; laboratório de treinamento que simula instalações de alta e máxima contenção biológica; setores de conexão com as linhas de luz (Sibipiruna, Timbó e Hibisco), entre outras dependências de apoio. Toda essa infraestrutura estará à disposição da comunidade científica nacional e internacional que atua na investigação de agentes patogênicos (vírus, bactérias, fungos) e seus efeitos para a saúde humana.
Ao possibilitar o avanço do conhecimento sobre patógenos e doenças correlatas, o Orion terá papel fundamental nas ações de vigilância e políticas de saúde e também no desenvolvimento de métodos de diagnóstico, vacinas, tratamentos e estratégias epidemiológicas. O Orion é um instrumento de apoio à soberania nacional no enfrentamento de crises sanitárias, com potencial de beneficiar diversas áreas, como saúde, ciência e tecnologia, defesa e meio ambiente.
Até junho de 2024, foram repassados R$ 240 milhões para o Projeto Orion, somando parcelas contratadas em 2022 e 2023. Estão previstos mais R$ 760 milhões até 2026.
Acelerador de partículas
Ao todo, o complexo vai receber R$ 1 bilhão do Novo PAC e contempla também 2ª Fase do acelerador de partículas Sirius – o acelerador de partículas brasileiro. A primeira fase do Sirius conta com 14 linhas de luz capazes de cobrir uma grande variedade de áreas científicas e que já estão sendo disponibilizadas para a comunidade científica e tecnológica. O Novo PAC, anunciado em agosto de 2023, prevê recursos do FNDCT/MCTI para a Fase II do Projeto Sirius, contemplando a construção de dez novas estações de pesquisa e a otimização das instalações.
Até junho de 2024, foram repassados R$ 2,25 bilhões para a Fase I e R$ 125 milhões para a Fase II do Sirius. Estão previstos mais R$ 675 milhões para a conclusão da Fase II, que totalizará R$ 800 milhões.
As novas linhas previstas permitirão ao Sirius atender a um número ainda maior de usuários acadêmicos e empresariais, ampliando as possibilidades de pesquisa. Além disso, os investimentos na estrutura civil e de aceleradores vão aumentar o número de estações experimentais, otimizando os resultados, já que cada linha de luz opera como uma instalação independente.
O complexo fica no CNPEM, que compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Organização social supervisionada pelo MCTI, o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no Brasil, o CNPEM desenvolve agora o Projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. (Com informações de divulgação)
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