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Estados Unidos obrigam Assange a aceitar ‘acordo’ como sempre fez com usuário de drogas

(reprodução X – stella assange)

Diante do longo impasse da acusação contra o jornalista australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, site de internet que vazava informações criminosas cometidas por governos e empresas, ele foi liberado da prisão de segurança máxima onde estava detido há mais de cinco anos na capital do Reino Unido, Londres, nesta segunda-feira (24), e embarcou rumo ao seu país natal. A informação é do site WikiLeaks.

Antes, Julian Assange foi vítima de traição do governo do Equador. Ele foi preso em 2019 pela polícia britânica na embaixada do Equador, em Londres, onde estava desde 2012. Os policiais entraram na embaixada após o presidente equatoriano, Lenín Moreno, suspender o asilo que concedia a ele.

A agência de notícias AFP afirma que Assange concordou em se declarar culpado em um tribunal dos Estados Unidos por revelar segredos militares, em troca da sua liberdade. O acordo encerraria assim um longo drama legal. O sistema de falso acordo é uma forma muito usada nos EUA contra e negros e pequenos usuários de drogas que cometem pequenos delitos ou são falsamente acusados de crimes. O sistema norte-americano impõe uma projeção de pena monstruosa e oferece ‘um acordo’ para que o acusado fique alguns anos na prisão. Dessa forma, muitos inocentes são obrigados a aceitar o acordo diante do risco de serem condenados até à morte.

A AFP diz ainda que Assange comparecerá a um tribunal das Ilhas Marianas do Norte, um território estadunidense no Pacífico. Segundo o acordo, ele se declarará culpado de conspiração para obter e disseminar informações de defesa nacional. Assange se opôs a ser extraditado para território estadunidense, onde sua defesa temia que ele pudesse ser condenado até à morte.

O “acordo” é benéfico para os EUA porque consegue uma álibi para sua perseguição a um profissional de imprensa, que simplesmente divulgou crimes cometidos pelos próprio Estado norte-americano.

As Ilhas Marianas são um território do país no Pacífico, mais próximas da Austrália do que do continente americano. Segundo o jornal New York Times, ele comparecerá à corte da cidade de Saipan na manhã da quarta-feira (26), rumando depois, novamente a seu país natal.

Stella Assange, esposa do prisioneiro dos EUA, também fez um apelo emergencial por doações para cobrir a enorme dívida de US$ 520 mil do jato. A viagem de Julian para a liberdade tem um custo enorme: Julian deverá 520.000 dólares, que é obrigado a pagar ao governo australiano pelo voo fretado VJ199. Ele não tinha permissão para voar em companhias aéreas comerciais ou rotas para Saipan (território dos USA) e daí para a Austrália. Qualquer contribuição grande ou pequena é muito apreciada.(Com informações do BdF)

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