(foto rafa neddermeyer – ag brasil)


.Por Roberto Ravagnani.

O voluntariado passa por um processo de reconhecimento e de valorização, que já vinha acontecendo a passos lentos, mas com os acontecimentos do Rio Grande do Sul – Brasil, pode este caminhar ter uma aceleração.
Para o bem do voluntariado, é necessária esta aceleração, mas não é qualquer aceleração. O principal é no que diz respeito a gestão do trabalho voluntário.
“Eu trabalho com voluntariado. É claro que todo mundo pergunta se eu trabalho de graça.” Esta é a trend do momento no Instagram, mas é uma pergunta que me chega há pelo menos duas décadas. Para se ter um bom trabalho de gestão, não é de graça que vai conseguir.
Outra pergunta muito comum: “então quer dizer que você cobra para fazer o trabalho voluntário?”
Sei que é difícil compreender, mas não cobro para fazer trabalho voluntário, cobro para organizar o trabalho voluntário de outros. Eu faço trabalho voluntário, pois tenho que praticar, tenho que entender do que falo e faço porque gosto e me ajuda a ser melhor a cada dia.
O trabalho voluntário ainda carece de entendimento, do básico, do porquê praticar, quais os benefícios, quem é impactado pelo trabalho, entre outros pontos que precisamos ainda elucidar para a população, a começar pelos mais jovens.
Temos o grande desafio de fugir dos estereótipos do voluntario sem nada para fazer e criar modelos e formatos, além de incentivar o jovem a fazer parte deste mundo em transformação, ou melhor, fazer parte do poder de transformação que o voluntariado nos coloca à frente.
Pode parecer um pouco imperativo demais, temos, mas é uma realidade, se queremos uma sociedade mais participativa, a ferramenta é o voluntariado. Para termos um voluntariado mais ativo, temos que acelerar as mudanças, o incentivo e o desenvolvimento dele.