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Atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão teria sido apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), em 14 de março de 2018. A informação é do Intercept Brasil, que cita “fontes ligadas à investigação”. O também ex-deputado Brazão teria sido delatado pelo ex-policial Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram Marielle e o motorista Anderson Gomes. Ele está preso desde março de 2019.

A família Brazão é alidada de Bolsonaro. Durante campanha de 2022, Flávio Bolsonaro fez campanha para Chiquinho Brazão, irmão do delatado de mandar assassinar Marielle Franco. Além disso, João Vitor Moraes Brazão e Dalila Maria de Moraes Brazão, filho e esposa do deputado federal Chiquinho Brazão, receberam do Itamaraty o passaporte diplomático em 2019. O parlamentar, que também possui o documento, é irmão de Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) acusado de ser o mandante do crime e também de obstruir as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018.

Ainda segundo o Intercept, Lessa fez acordo de delação premiada para apontar o mandante. Márcio Palma, advogado do ex-PM, disse desconhecer a informação. Como Brazão tem foro privilegiado, o acordo precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Nesse sentido, o jornal O Globo informou que a delação de Ronnie Lessa está de fato no STJ. Mas o periódico não cita o nome de Brazão. Recentemente, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que o caso poderá ter desfecho ainda neste primeiro trimestre.

O ex-deputado e conselheiro do TCE já havia sido apontado outras vezes como possível mandante e sempre negou a acusação. A O Globo, ele disse esperar pela conclusão das investigações. “Depois das famílias de Marielle e Anderson, posso garantir que os maiores interessados na elucidação do caso somos eu e minha família”, declarou.

Em 2019, Brazão chegou a ser acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de obstruir as investigações. Ele também foi preso, durante a Operação Quinto do Ouro, sob a acusação de receber propina. Já Lessa foi condenado em 2021 por destruir provas do caso Marielle.

Uma das hipóteses levantadas para o possível envolvimento de Brazão é uma rixa com o também ex-deputado Marcelo Freixo, com quem Marielle Franco trabalhou durante 10 anos. Brazão foi citado na CPI das Milícias comandada por Freixo, atualmente presidente da Embratur. (Da Rede Brasil Atual)

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