Neste sábado, dia 24, às 19h, o CineADU Especial exibe o documentário Lavra, sobre os impactos da mineração na paisagem, na vida e na alma de Minas Gerais discute as tragédias causadas pelas mineradoras. Após a sessão haverá roda de conversa com o diretor, Lucas Bambozzi, mediada pelo professor Jefferson Picanço (IG/Unicamp) e por Talita Gantus (IG/Unicamp), doutoranda e integrante da ABMGeo (Associação das Mulheres em Geociências).
“Lavra” é um documentário híbrido, onde uma personagem ficcional interage com personagens e situações reais. Com produção da Trem Chic Cine Video Lab, produtora que tem como um dos sócios o videoartista Eder Santos, dirigido por Lucas Bambozzi e escrito por Christiane Tassis, o longa aborda os impactos da mineração na paisagem de Minas Gerais.
O filme mostra a jornada da geógrafa Camila, emigrante de Governador Valadares – interpretada por Camila Mota, atriz do Teatro Oficina. Ela retorna dos Estados Unidos para sua terra natal, quando o Rio Doce foi contaminado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Camila segue o caminho da lama tóxica que varreu povoados do mapa e matou 19 pessoas, deparando-se com paisagens, comunidades e pessoas devastadas. Governador Valadares, Baguari, Território Krenak, Ouro Preto, Itabira, Paracatu de Baixo, Bento Rodrigues, Serro, Conceição do Mato Dentro, são algumas das cidades retratadas. Até que outra barragem se rompe, em Brumadinho, matando cerca de 300 pessoas. Ao ver a tragédia de perto, ela se sente, pela primeira vez, atingida e se envolve com movimentos de resistência.
Lavra teve sua World Premiere em novembro de 2021 no prestigiado IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdã), considerado o maior festival no gênero. Selecionado entre os 985 filmes inscritos para o Festival de Brasília, participou da Mostra Competitiva, nos dias 08 e 09 de dezembro, sendo premiado na Categoria “Melhor Som” e “Fotografia”. Foi exibido no One World Festival, na República Tcheca, dedicado a direitos humanos; na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no disputado Hotdocs de Toronto; no 26º Festival de Cine de Lima, e segue sendo convidado para importantes festivais pelo mundo. Recebeu recentemente menção honrosa no XVII World of Knowledge em São Petersburgo; o Prêmio Signis no 16º Atlantidoc e o prêmio de melhor longa-metragem pelo público na 11ª Mostra Ecofalante, atestando o impacto que o filme vem causando nas pessoas.
Sobre o diretor, Lucas Bambozzi
Artista multimídia que produz obras nos mais diversos formatos, como instalações, vídeos monocanal e projetos interativos. Codirigiu “O fim do Sem Fim”, com Cao Guimarães e Beto Magalhães, e dirigiu o documentário “Do outro lado do Rio”, Prêmio de Melhor Direção no Festival “É tudo verdade”. Suas obras foram apresentadas em mostras individuais e coletivas em mais de 40 países. Participou de festivais de cinema e vídeo como Sundance, Slamdance, FID Marseille, Videobrasil, Festival It’s All True, Impakt, Festival do Rio BR, Share Festival Italy, FILE, On-Off e muitos outros. (Da ADunicamp)
Sábado (24/06) | 19 horas | Entrada gratuita
Saiba mais sobre o documentário, a produção e a repercussão neste link.
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