Profissionais de Saúde de Campinas e do Brasil estão mobilizados para atos e manifestações em prol da Redução de Danos. Em Campinas, o ato será realizado neste sábado dia 4 de março, às 10 horas, no Largo do Rosário em uma roda de conversa, encontro e também discussão sobre os ataques que estão sendo realizados a Escola Livre de RD de Recife, como também nas ruas e nas redes.
No dia 18 de fevereiro, a Escola Livre de Redução de Danos, em Recife, sofreu uma denúncia anônima, na segunda-feira de carnaval a polícia civil fez uma abordagem na Casa de RD da Ação Fique Suave. “Nada de ilegal ou ilícito foi encontrado, mas mesmo assim, perfis políticos de extrema direita estão disseminando calúnias. Em apoio a Escola Livre de RD e como movimento nacional, estaremos realizando eventos no dia 4 de março em Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Santos e outras cidades”, diz a mobilização em rede social.
Em Campinas, atualmente, os profissionais de Saúde tem enfrentando vereadores que pautam a internação compulsória, comunidades terapêuticas e outras medidas, que se sabe que é um ataque à liberdade e autonomia das pessoas e aos direitos humanos. Também a marcha da maconha está sofrendo intervenções para não ser realizada no âmbito municipal. “Devemos lutar e nos organizar para retomada e forças coletivas em prol do cuidado, saúde e autonomia. Redução de Danos, liberdade de corpos! Redução de Danos é cuidado em liberdade!”, anotam.
De acordo com publicação comemorativa dos 30 anos da Redução de Danos no Brasil (RD), a RD “é oriunda de práticas clínicas inovadoras da década de 1920 no Reino Unido, inspiradoras das terapias de substituição e, mais tarde, de reivindicações dos direitos das pessoas que usavam drogas, na década de 1970 na Holanda. Ela agrega uma série de ações voltadas à defesa da vida, visando à redução dos riscos e danos sociais, econômicos e à saúde das pessoas que não querem ou não conseguem deixar de usar drogas, tendo como ápice de seu reconhecimento, os resultados exitosos frente ao controle da epidemia mundial de HIV/AIDS”. (Veja publicação) (Com informações de divulgação)