Gastos do cartão corporativo de Bolsonaro, que foram barrados de divulgação durante o governo de extrema direita derrotado nas últimas eleições, estão agora sendo divulgados pelo novo governo. Há milhares de pedidos de informações que foram negados por Bolsonaro que mantinham os gastos sob sigilo e que agora estão vindo a público. A divulgação dos gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro com o cartão corporativo mostra o quanto o uso do dinheiro público foi desvirtuado para bancar os gastos do presidente da República à revelia da lei.
Antes sob sigilo de cem anos pelo governo Bolsonaro, a divulgação de valores e locais em que foram efetuadas despesas tornaram-se públicas pelo presidente Lula, a partir de pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) apresentado pela Agência Fiquem Sabendo.
Segundo informações do Blog do Vicente, do Correio Braziliense, Bolsonaro burlava regras para assegurar o uso de recursos do cartão corporativo em suas motociatas. A estratégia consistia em marcar agendas oficiais em igrejas evangélicas e em cerimônias militares nos mesmos roteiros de motociatas promovidas pelo presidente. As moticiatas foram usadas como campanha política disfarçada antes do período eleitoral, o que deveria ser considerado crime eleitoral, ainda mais agora diante da descoberta de que recursos públicos foram usados. E também foram realizadas no período eleitoral.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o cartão corporativo da Presidência da República foi usado em 2021 e 2022 para ao menos 137 abastecimentos em postos de combustível em datas e cidades coincidentes com a realização das chamadas “motociatas” patrocinadas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).
O blog informa que uma servidora pública que se recusou a efetuar pagamentos com o cartão corporativo para as despesas de Bolsonaro com motociatas foi demitida e, para contornar as regras, ele passou a contar com apoio de militares.
Bolsonaro gastou com cartão corporativo, de 2019 a 2022, R$ 27,6 milhões. Algumas despesas chamam a atenção. A essa conta ainda devem ser incluídos os gastos dos cartões administrados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A farra com cartão corporativo incluiu gastos da família Bolsonaro, como viagens particulares. As maiores despesas, nesse caso, foram feitas com Carlos Bolsonaro, filho 02. Mesmo sendo vereador pelo Rio de Janeiro, fazia viagens para Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás – despesas que passaram a ser pagas desde dezembro de 2020.
O cartão corporativo também foi usado para pagar as férias de Bolsonaro em 2019, 2020 e 2021. Em 28 dias, foram usados R$ 1,2 milhão. Mais: bancou R$ 98 mil em padaria e hotéis um dia após o casamento do filho Eduardo Bolsonaro.
Discrepância
Alguns gastos de Bolsonaro chamam a atenção pela discrepância entre local e valor. Em um único dia (26 de outubro de 2021), Bolsonaro gastou R$ 109.266 no restaurante Sabor de Casa.
Localizado em Boa Vista, no Estado de Roraima, o restaurante vende marmitas em versões econômica, de R$ 17, e tradicional, R$ 23. O prato-chefe da casa é frango assado com farofa e baião, por R$ 50, que serve pelo menos três pessoas.
O maior volume despesas foi com hospedagem do ex-presidente. Dos R$ 27,6 milhões do período em que ocupou a Presidência, R$ 13,7 milhões foram pagos a hotéis.
Somente no Ferraretto Hotel, no Guarujá, cidade da Baixada Santista, Bolsonaro gastou R$ 1,4 milhão. A título de exemplo, hoje, o preço da diária mais cara é R$ 1.009,89. (CartaCampinas e Redação pt.org)
Canalhas elevados à milésima potência. TODOS, o capo de tutti capi e TODOS seus asseclas e SEGUIDORES! Pena máxima e rigorosa para TODOS sem direito à progressão, indulto, e outras passadas de mão na cabeça. E presídio em ilha de alto-mar. É o mínimo para a interminável lista de crimes hediondos que cometeram durante 4 + 2 anos de tirania caótica.