O senador eleito pelo PSB, Flávio Dino, que já foi anunciado como futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula pretende inverter a política de segurança pública bolsonarista que incentivava o policial militar a se transformar em assassino para combater a desigualdade social.
Na partilha dos recursos, os estados que usarem câmeras em uniformes policiais, reduzirem o feminicídio e desarmarem a população, deverão receber mais recursos do governo federal. O futuro ministro pretende estabelecer políticas que reduzam a violência não só policial, mas também da população, inclusive casos acidentais que aumentaram com a disseminação de armas de fogo promovida pelo governo que finda.
Segundo Flávio Dino afirmou ao Estado de S. Paulo, o governo Lula vai promover uma mudança nos parâmetros de rateio do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para estados. Receberão maiores repasses os estados que desarmarem a população instalarem câmeras nos uniformes dos policiais militares e reduzirem o feminicídio.
“Vamos objetivar mais, com metas concretas e alinhadas com as prioridades. Vamos alinhar os critérios de acordo com as metas. Não posso interferir nas prioridades dos governadores, independência total. Agora, na partilha dos recursos do Fundo Nacional nós temos metas nacionais a cumprir com, por exemplo, combate ao armamentismo, apoio às vítimas de crimes violentos, combate a feminicídio, combate a crimes de ódio. Esses são pontos que passarão a ser valorados. Estados que implantam câmera ou não implantam câmera nos uniformes dos policiais a gente vai valorar. A gente acredita que é importante combater a violência policial. Ninguém é obrigado a fazer, mas quem fizer a gente vai valorar mais. Essa é a ideia geral”, afirmou.