Uma das coisas mais difíceis que a Democracia brasileira tenta combater é a avalanche de fake news como estratégia política da extrema direita. O Brasil tem sido um laboratório da realidade paralela, como bem anotou o pesquisador, historiador, ensaísta e professor João Cezar de Castro Rocha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo o professor, em entrevista ao Jornal Estado de Minas, o Brasil assiste à construção de condições para a instauração, pelo bolsonarismo, de um Estado totalitário fundamentalista religioso. Este seria o propósito da extrema direita brasileira, que compartilha as mesmas estratégias de seus aliados internacionais: o uso das plataformas de mídias digitais para a produção de uma realidade paralela, de uma dissonância cognitiva coletiva, que fratura a espinha dorsal dos valores verdadeiramente cristãos e democráticos.
As tentativas racionais e da Justiça Eleitoral em combater as fake news têm dado pouco resultado, mas nesta última eleição surgiu uma nova estratégia para o combate da fake news, que é a ‘fake news pegadinha’. Como o cérebro das pessoas está submerso no universo paralelo, disposto a aceitar tudo, começaram a surgir, por incrível que pareça, falsas fake news, as fake news pegadinha. Uma falsa fake news que obteve grande sucesso foi a do general Benjamin Arrola (a sonoridade do nome dá um sentido sexual). Veja vídeo: