Ao longo de 4 anos, o governo Bolsonaro promoveu um estrangulamento não só no financiamento da pesquisa e da ciência brasileira, como também tentou inviabilizar o funcionamento das universidades públicas federais.
De acordo com levantamento publicado pela Revista Fapesp, o corte foi de 45% nas despesas e 69% no investimento das universidades federais. As informações foram levantadas pelo Centro de Estudos Universidade, Sociedade e Ciência (Sou Ciência), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Instituto Serrapilheira, e apresentados na 6ª edição dos Encontros Serrapilheira, no Rio de Janeiro. Segundo a publicação, “o orçamento da rubrica “outras despesas correntes” das 68 universidades federais brasileiras encolheu 45% nos últimos cinco anos. Baixou, em valores corrigidos pela inflação, de R$ 8,6 bilhões em 2018 para R$ 4,4 bilhões em 2022 (até o mês de setembro), segundo dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) do governo federal. Nessa categoria, entram as verbas destinadas à compra de material de consumo e ao pagamento de água, energia, diárias, serviços prestados, vale-alimentação e vale-transporte, além de custeio e assistência estudantil. Já as verbas de investimento – dinheiro aplicado no patrimônio da universidade, como aquisição de imóveis e terrenos, reformas e obras, além de compra de equipamentos e materiais permanentes – diminuíram 69%, de R$ 310 milhões em 2018 para 97,5 milhões até setembro do ano atual”. (Revista Fapesp)
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