O IX Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI) termina nesta sexta-feira, 29 de julho. O encontro foi aberto nesta terça, 26 de julho, no Teatro de Arena da Unicamp, com a presença de importantes lideranças indígenas brasileiras, reunindo várias etnias. A cerimônia de abertura contou com a presença do presidente da ADunicamp, professor Paulo Cesar Centoducatte (IC) e da vice-presidenta, professora Silvia Gatti (IB). A ADunicamp é uma das entidades apoiadoras do evento.
Nesta sexta, 29, acontece o I Encontro Plurinacional de Estudantes Indígenas que acontecerá dia 29 de julho de 8h-17h na UNICAMP, simultaneamente ao Encontro Nacional dos Estudantes Indígenas (ENEI).
O tema do evento deste ano é “Ancestralidade e contemporaneidade – Tecendo histórias a partir das epistemologias, cosmologias, ontologias e vivências dos povos indígenas” e terá a participação de estudantes indígenas, pesquisadores/as, lideranças dos movimentos sociais, docentes, artistas e políticos/as. A organização estima que mais 2 mil estudantes estarão participando do evento.
Dados mostram como a Lei de Cotas impactou no ingresso de estudantes indígenas nas universidades. Em 2007, segundo dados do MEC, 7 mil estudantes indígenas cursavam o ensino superior no país, em 2018 foram registradas 57 mil matrículas e em 2020 esse número chegou a mais de 75 mil estudantes indígenas nas universidades brasileiras.
Paulo Centoducatte parabenizou, em nome da ADunicamp, a organização do evento e ressaltou a importância da troca de culturas e saberes na comunidade acadêmica. “Temos que reforçar a participação de estudantes indígenas nas universidades, ampliar a discussão e a luta pela permanecia ativa desses e dessas estudantes na nossa Universidade”, avaliou.
Fórum de Educação com o tema “Atual Cenário das Políticas de Permanência”
A ADunicamp sedia o Fórum de Educação “Atual Cenário das Políticas de Permanência”, como parte da programação do ENEI, que acontece nesta quinta, 28 de julho, das 9h às 12h e das 14h às 18h, no auditório da ADunicamp, com presenças de lideranças, escritores/as e educadores/as.
A primeira mesa, “Desvalorização da Educação Indígena”, aconteceu na parte da manhã, com Alva Rosa Tukano, professora da Educação Básica da rede estadual do Amazonas, pesquisadora vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Escolar Indígena e Etnografia pela Universidade do Estado do Amazonas, mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Amazonas, Cristine Takuá, filósofa, rezadora, educadora e artesã indígena, vive na aldeia do Rio Silveira, coordenadora da Ação colaborativa Escolas Vivas em parceria com Selvagem, Ciclo de estudos sobre a vida, membro do Fapisp (Fórum de Articulação dos Professores Indígenas de SP) e representante do Nei (Núcleo de Educação Indígena) diretora do Instituto Maracá e Nayra Paye, do povo Kaxuyana, graduanda em Geografia na UnB, pesquisadora do Grupo Líderes Femininas, presidenta da Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília(AAIUNB).
Na mesa “Políticas de Permanência Estudantil”, que aconteceu na parte da tarde, participam Daniel Munduruku, do povo Munduruku, formado em Filosofia, com Licenciatura em História e Psicologia, integrou o Programa de Pós Graduação em Antropologia Social na USP, autor de vários livros infanto juvenis, Edilene Alves Munduruku, do povo Munduruku, licenciada em Pedagogia, mestranda em Educação pela Unicamp e Poran Potiguara, engenheiro florestal formado pela UnB, ganhador da primeira edição do Prêmio Culturas Indígenas do Distrito Federal, defensor do programa Bolsa Permanência do MEC.
O ENEI acontece de 26 a 29 de julho, com programa diversa, veja agenda completa no site oficial do evento: https://www.enei-evento.com.br/ (DA ADunicamp)