O Ataque racista e fascista ocorrido na sexta-feira, 6, no Bar do Ademir, que fica próximo à moradia estudantil no distrito de Barão Geraldo, é o reflexo do governo Bolsonaro, que tenta intimidar adversários políticos e controlar a população por meio de ameaça às eleições de 2022 e do poder armado. Há uma sensação de impunidade generalizada em grupos de criminosos ligados a grupos de poder político, como garimpeiros, desmatadores, milicianos e outros. Um pequeno grupo de bolsonaristas também tentou agredir o carro do ex-presidente Lula em Campinas, no dia anterior ao atentado racista.
Segundo relatos de pessoas que estavam no bar do Ademir, alguns homens com coletes do grupo de motoqueiros “abutres” e camisetas com símbolos nazistas entraram armados no bar. Com atos e falas racistas, eles teriam agredido um vendedor ambulante insinuaram sequestrar um garçom por ser negro. Além disso, agrediram o dono do bar que tentou intervir e uma cliente, como também deram três tiros para o alto.
Os homens saíram livres de Campinas, mas possivelmente os mesmo integrantes com coletes dos abutres foram detidos em Paulínia ainda na madrugada de sexta-feira para sábado.
A Marcha das Mulheres de Campinas divulgou uma nota de repúdio. “Olhando para esta ocasião como uma afronta à democracia e aos direitos humanos, nós, mulheres da Marcha Mundial das Mulheres da RMC, não apenas repudiamos o ato nazista ocorrido, como também queremos justiça para os violados. Atitudes assim, em um país supostamente laico e democrático, não serão toleradas de forma alguma. Além disso, prestamos solidariedade a todas as vítimas deste ocorrido. Por fim, sabendo que a grande mídia não irá abordar tal assunto, propomos uma ampla divulgação do caso, para que a justiça seja seguida corretamente”, anotaram.
Vários políticos e pessoas públicas se manifestaram sobre o ato racista e fascista em Campinas. A presidente do PSOL, Marcela Moreira, se manifestou por rede social. “É gravíssimo e inaceitável o ataque racista e fascista que aconteceu no Bar do Ademir, em frente a Moradia Estudantil. Estavam com camisetas com suástica nazista, empurraram negros e fizeram dancinhas imitando macacos e estavam armados”, anotou. Veja publicação e abaixo o vídeo de Pedro Tourinho.
O ex-candidato a prefeito de Campinas, Pedro Tourinho, publicou um vídeo nas redes sociais.
Sou vereador em Minas frequento o bar do admir a anos já pessoa do bem eu estava presente no atentado e inadmissível o que aconteceu o Brasil não pode ficar refém jamais