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Kit de robótica em escola sem água e internet é novo item na corrupção generalizada no MEC

Depois do Kit Corrupção, criado por pastores evangélicos para liberar recursos dentro do Ministério da Educação, e também da tentativa de compra de ônibus superfaturados, agora o governo de Jair Bolsonaro (PL) destinou R$ 26 milhões de recursos do MEC (Ministério da Educação) para a compra de kits de robótica para escolas de pequenas cidades de Alagoas. O Ministério da Educação se tornou o centro de vária denúncia de suspeita de corrupção generalizada, visto que prefeitos alegaram cobrança de propina para liberação de recursos.

(foto fabio pozzebom – ag brasil)

As escolas, de acordo com reportagem da Folha, têm problemas de infraestrutura básica, como falta de salas de aula, de computadores, de internet e até de água encanada.

Os municípios contemplados com os tais kits têm contratos com uma mesma empresa de aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os recursos para os equipamentos de robótica vieram das emendas de relator do Orçamento, controladas em parte por Lira. Há na negociata uma forte suspeita de um esquema de corrupção. A denúncia da ligação com Lira foi feita por reportagem da Agência Pública.

Cada kit foi adquirido pelas prefeituras por R$ 14 mil, valor muito superior ao praticado no mercado e ao de produtos de ponta de nível internacional.

A reportagem da Folha visitou seis das sete cidades beneficiadas e conversou com professores, gestores municipais e moradores. As escolas não têm computadores, têm problemas como falta de água encanada, não têm laboratório de ciência, alunos de séries diferentes têm que estudar na mesma sala, têm pátio de chão batido, precisam de reformas entre outros problemas.

Além da falta de critérios com prioridades, a liberação dos recursos federais para a compra de kits de robótica foi à jato. Em quatro casos os empenhos ocorreram em dezembro e, nos outros, entre agosto e outubro.

O dinheiro foi depositado para os municípios entre fevereiro e março. O empenho é a primeira etapa da execução orçamentária e reserva o recurso para determinada ação. Há cidades que aguardam há mais de dois anos a liberação de recursos já empenhados para finalizar obras de infraestrutura. (Com informações da Fórum)

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