A histórica decisão da ONU (Organização das Nações Unidas) de que Lula foi vítima de um julgamento parcial por parte do ex-juiz Sergio Moro (agora político da União Brasil-SP) na Lava Jato não é só uma condenação de Moro e do procurador Deltan Dallagnol, mas também da grande imprensa brasileira, que teve uma atuação também parcial, vergonhosa e antidemocrática no período. A Lava Jato foi o esplendor do PIG (Partido da Imprensa Golpista) e os jornalistas continuam a fazer suas análises na maior cara de pau, sem autocrítica. Estamos aguardando um editorial nas grandes redes de TV e jornais fazendo mea culpa sobre o Estado de Direito. Uma atuação que levou o fascismo ao poder.
Os advogados do ex-presidente Lula (PT), Valeska e Cristiano Zanin Martins classificaram a decisão da ONU como “histórica”. “Uma vitória não apenas do presidente Lula, mas de todos aqueles que acreditam na democracia e no Estado de Direito. É uma decisão que recebemos com muita alegria. Foi um processo que iniciamos em 2016, atualizamos ao longo de todos esses anos, inclusive submetidos a um tratamento absolutamente incompatível com as nossas prerrogativas profissionais pela Operação Lava Jato, particularmente pelo ex-juiz Sergio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol e seus colegas de operação. Mas nós conseguimos não apenas no Brasil o reconhecimento de que tudo era ilegal e arbitrário em relação ao ex-presidente Lula, mas também em uma Corte mundial. A Operação Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol aturam de forma ilegal, arbitrária e afrontando um tratado internacional da ONU. É por isso que o governo brasileiro terá agora de cumprir essa decisão tomada por 15 juízes independentes da ONU”, afirmou Zanin.