Em São Paulo – De 17 a 19 de março, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em São Paulo, apresenta uma seleção de 26 obras inéditas de ninguém menos que o genial Pixinguinha, um dos músicos mais completos do Brasil. O espetáculo Pixinguinha como Nunca tem direção artística do ator e cantor Marcelo Vianna, neto de Pixinguinha, direção musical e arranjos do músico, produtor e pesquisador Henrique Cazes e direção executiva de Lilian Barretto.
“É uma honra receber um espetáculo que reverencia o legado desse grande nome da música brasileira. Com este projeto, o Banco do Brasil reafirma seu papel como grande apoiador da cultura no país”, destaca Claúdio Mattos, Gerente Geral do Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo.
Henrique Cazes, com seu cavaquinho, estará à frente do Sexteto do Nunca, conjunto instrumental completado por Marcelo Caldi (sanfona), Carlos Malta (flauta e sax), Silvério Pontes (trompete e flugelhorn) Marcos Suzano (percussão) e João Camarero (violão de 7 cordas). Com participação especial de Marcelo Vianna. No dia 18, após o espetáculo, haverá um bate-papo com os músicos sobre o modo composicional de Pixinguinha e como os arranjos foram pensados para quais instrumentos.
“Os arranjos dão ênfase à perene modernidade do gênio do choro”, explica Cazes, que procurou contemplar a grande riqueza rítmica da obra de Pixinguinha na escolha do repertório. A seleção das obras inéditas, que estão no programa do espetáculo, segue a panorâmica de gêneros que Pixinguinha abordou. Choro, samba, polca, tango, o choro mais dolente, todo um arco com as composições de 1910 até 1960.
Pode parecer estranho que a obra de um nome tão impressionante da música brasileira, que alcançou tamanho respeito – Carinhoso, afinal, é tido como um hino não oficial da MPB – tenha ainda trechos de sombra. Henrique Cazes, que mergulhou na música de Pixinguinha há mais de 30 anos e fundou a Orquestra Pixinguinha, vê algumas pistas. “Pixinguinha é uma figura mitificada, às vezes adorada, mas sua produção musical em si é pouco estudada”, diz. “Há circunstâncias históricas a considerar. Uma delas, a invasão das big bands americanas no rádio dos anos 1930, e a reação a isso foi transportar tudo o que havia antes para a gaveta do ‘passadismo’. O choro fica velho de um dia para o outro. E de certo modo, submerge para o grande público por longas décadas”. Cazes vê ainda outra questão nessa ausência – cultural. “E, claro, há uma dificuldade de base, a de enxergar um homem negro como criador estruturante, e não como artista espontâneo. Portanto, o estudo de sua produção por muito tempo não se aprofundou na direção da sua finíssima técnica”.
A descoberta das inéditas é o resultado de uma cuidadosa pesquisa no acervo do compositor, encampada no ano 2000 pelo Instituto Moreira Salles, que se somou em 2017 à varredura no material em posse de outros compositores e instrumentistas. O resultado trouxe à luz mais de 50 músicas jamais gravadas – algumas, apenas tocadas em transmissões radiofônicas. “Na verdade, falar em 50 inéditas nos parece, diria, uma subnotificação”, avisa Cazes. “Pixinguinha entregava partituras sem cópia para músicos amigos, por exemplo, assim como orquestrações ficaram dispersas; o baú ainda reserva surpresas”. Marcelo Vianna ressalta que essa é “uma nova chance de conhecer um dos maiores da música” e não tem dúvidas: “Pixinguinha é aqui e agora, contemporâneo, eterno”.
PROGRAMA 1º espetáculo (Obs: em cada dia de show haverá obras novas)
· Abertura (versos de Moacyr Luz sobre fragmentos de Pixinguinha)
· Lembro-me do passado (Pixinguinha) polca choro
· Choro nº 7 (Pixinguinha)
· Choro em Fá maior (Pixinguinha)
· Para não te esquecer (Pixinguinha) choro canção
· Feitiço (Pixinguinha) samba
· Miúdo(Pixinguinha)
· Jagunça (Pixinguinha) polca vagarosa
· Modinha (Pixinguinha)
· Choro de “Um dia qualquer” (Pixinguinha)
· Paraibana (Pixinguinha) valsa
· Pela última vez (Pixinguinha)
· Foge de mansinho (Pixinguinha) choro dolente
· No cacique do Armando (Pixinguinha)
· One Step (Pixinguinha)
· Do tango ao amor (Pixinguinha)
· Meu Coração (Pixinguinha / Danton Vampré / Alberto Deodato)
· Amor de sertaneja (Pixinguinha / Danton Vampré / Alberto Deodato)
· Caboclo lindo (Pixinguinha / Danton Vampré / Alberto Deodato)
· Saudades do Cafundá (Pixinguinha)
· Luiz tocando (Pixinguinha) maxixe
· Carinhoso (Pixinguinha-João de Barro) 1ª vez com letra inédita de Pedro Caetano, 2ª vez com letra de João de Barro
FICHA TÉCNICA
Sexteto do Nunca
Henrique Cazes – cavaquinho
Marcelo Vianna – voz
Marcelo Caldi – sanfona
Carlos Malta – flauta e sax
Silvério Pontes – trompete e flugelhorn
Marcos Suzano – percussão
João Camarero – violão de 7 cordas
Direção artística: Marcelo Vianna
Direção musical e arranjos: Henrique Cazes
Direção executiva e Coordenação geral: Lilian Barretto
Produção executiva: Sonja Figueiredo
Assessoria de produção: Isabelle Suarez
Iluminação: Paulo César Medeiros
Espetáculo Pixinguinha Como Nunca
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Período: 17 e 18 de março, 18h30 e 19 de março, 17h
Duração: 60 min
Capacidade: 120 lugares
Ingressos: Através do site bb.com.br/cultura e na bilheteria
Valores: R$ 30,00 (inteira) / R$ 15,00 (funcionários e clientes Banco do Brasil, estudantes, professores da rede pública e pessoas acima de 60 anos)
Classificação indicativa: Livre
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP
Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 19h, exceto às terças
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228.
Valor: R$ 14 pelo período de até 6 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.
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(Carta Campinas com informações de divulgação)