O governo Bolsonaro produziu o mês mais mortal da história. Janeiro de 2022 foi o mês em que morreram mais brasileiros. Os cartórios do Brasil registraram em janeiro o mês mais mortal no país desde o início de sua série histórica, em 2003. Levando em consideração todas as causas mortis, foram registrados em janeiro deste ano 144.341 óbitos no país em janeiro, um aumento de 4,79% em relação ao mesmo período de 2021. O número é 21,95% do que em janeiro de 2020, antes da pandemia, quando foram registradas 112.649 mortes.
Segundo dos dados dos cartórios brasileiros, divulgados pela coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, as mortes por pneumonia, causado pelo novo coronavírus, saltaram de 12.745, em janeiro de 2021, para 21.661 neste ano. Os óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave também cresceram: passaram de 1.581, no ano passado, para 1.734 em janeiro deste ano. E os de insuficiência respiratória subiram de 6.686 para 7.989 no período analisado.
Esses óbitos estão relacionados, inevitavelmente, com sequelas e relações com a Covid-19. Muitos pacientes que sobrevivem acabam morrendo meses depois por alguma complicação provocada pela doença, que foi negligenciada pelo governo, inclusive após a realização de CPI no Senado Federal, que mostrou as responsabilidades do governo Bolsonaro. Ninguém foi punido até o momento.
Neste mesmo mês de Janeiro mais mortal da história, o governo Bolsonaro tentou impedir e atrasou a vacinação infantil, inclusive com declarações e ações protelatórias. O governo, que promoveu a liberação de armas de fogo, também está marcado com 4.901 homicídios em janeiro. Uma média de 163 homicídios por dia.
Por vários dias seguidos, o país registrou mais de 200 mil casos de Covid-19 em janeiro – um aumento de 324% -, especialmente por causa da ômicron.
Neste domingo (13), o Brasil registrou 325 mortes pela Covid-19 em 24 horas, elevando a média móvel de mortes nos últimos 7 dias para 880. Lembrando que nos finais de semana os números costumam ser menores porque as equipes dos laboratórios e dos governos são reduzidas ou não trabalham aos sábados e domingos.
Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +56%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença. No total, desde o início da pandemia, foram registrados 638.449 óbitos.(com informações da Cut)