Do Facebook de Celio Turino
O Mais Temido Líder Quilombola de Minas Gerais
Nascido na África, Rei Ambrósio foi um dos líderes do Quilombo do Campo Grande, uma confederação quilombola formada na segunda metade do Século XVIII, na então região de litígio entre São Paulo e Minas Gerais. Estima-se uma população entre 9 e 10 mil habitantes.
Ambrósio foi vendido como escravo junto a sua esposa Cândida no mercado do Valongo – Rio de Janeiro, aproximadamente em 1725. O Rei Ambrósio foi arrematado e alforriado pelos jesuítas, que sabiam de sua nobreza na África.
Com a ajuda do Padre Jesuíta Caturra, seu ex-senhor, e do Cacique Tucum, Ambrósio fundou um Quilombo na divisa de Ibiá-MG com Campos Altos-MG, onde se tornou refúgio de Escravos, e principalmente dos descontentes com a política de Impostos do Governador Gomes Freire de Andrade, 1.º Conde de Bobadela, que ordenou a destruição do Quilombo em 1746.
As Cartas Chilenas, do inconfidente “Tomás Antônio Gonzaga” falam do “afamado Quilombo em que viveu o Pai Ambrósio” que constitui uma verdadeira ameaça a autoridade da Coroa Portuguesa em Minas Gerais, aida mais poderoso que Zumbi dos Palmares.
O Quilombo de Pai Ambrósio foi destruído a mando de Gomes Freire de Andrade em 1746, pelo capitão Antônio João de Oliveira, quando teria sido morto o Rei Ambrósio, ou Pai Ambrósio de que falam as Cartas Chilenas. Gomes Freire impôs uma espécie de segredo de Estado sobre estes fatos, tamanha era a ameaça de Pai Ambrósio.
O “ Rei “ Ambrósio era respeitado pelos demais moradores, quer fossem quilombolas, brancos ou índios. Todos, especialmente os africanos, tratavam Ambrósio e Cândida com homenagens próprias reservadas ao um rei ou rainha.
Fonte: Rei Ambrósio de Minas Gerais e o ofuscamento da história e da memória de um líder quilombola. Jeremias Brasileiro
Universidade Federal de Uberlândia
Nunca vi tanta asneira sobre o Rei Ambrósio e sua confederação quilombola.
O Rei Ambrósio NÃO era africano; era brasileiro, provavelmente nascido na Comarca de São José del-Rei. Ele não era “um dos líderes do Campo Grande”. NÃO. Ele o líder de toda a Confederação Quilombola do Campo Grande, composta por mais de 27 quilombos confederados, conforme mapa de Todo o Campo Grande, feito após a última Guerra ao Campo Grande, de 1759 (https://www.mgquilombo.com.br/mapa-da-confederacao-quilombola-do-campo-grande/). Ambrósio NÃO era temido, coisa nenhuma, mas, sim era muito querido por todos os quilombolas seus confederados, tanto que era chamado por eles de PAI Ambrósio. Ambrósio era casado e tinha a sua rainha, porém, NENHUM documento trouxe o seu nome. A tal “Cândida” NUNCA existiu, mas sim foi um nome INVENTADO pelo contista Joaquim do Carmo Gama, em seu conto chamado “Quilombolas: Lenda Mineira Inédita”, um grande desserviço prestado pela Revista do APM no ano de 1904 (https://www.mgquilombo.com.br/artigos/pesquisas-escolares/quilombolas-lenda-mineira-inedita/). O Jeremias, que confunde Congado com Reinado (https://www.mgquilombo.com.br/artigos/bens-quilombolas-materias-e-imateriais/f-congada-civica-ao-13-de-maio/), devia ESTUDAR MAIS, com quem sabe e não com os tais “mestres ou doutores” com quem estudou. Caso alguém queira conferir alguns fatos da VERDADEIRA (documentada) História dos Quilombos do Campo Grande, sugiro uma leitura aos links indicados no artigo https://www.mgquilombo.com.br/notcias-quilombolas/movimento-negro/o-mg-quilombo-e-a-cofederacao-quilombola-do-rei-ambrosio/ do Site do MG QUILOMBO.
O suposto autor do texto acima “Rei Ambrósio, o mais temido líder quilombola de Minas Gerais” atribui o seu conteúdo à fonte ” Rei Ambrósio de Minas Gerais e o ofuscamento da história e da memória de um líder quilombola” de Jeremias Brasdileiro. PORÉM, esse texto de Jeremias NÃO mencionada nada do que lhe atribui esse texto publicado pela “cartacampinas”. Teria, o Jeremias, dois textos com o mesmo título? De uma forma ou de outra, Historia não é ficção e citação indevida pode ser considerada Falsidade Ideológica. [email protected]