No dia 25 de novembro, às 20h, o Feverestival lança ao público em seu site oficial o curta-metragem “Memórias do Feverestival – A coragem de andar junto”. O filme ficará disponível para acesso livre e gratuito a partir desta data. A produção, realizada por muitas formigas e de maneira coletiva, faz homenagem às 15 edições do Festival. O público poderá conhecer, vivenciar e até relembrar diversos aspectos do Feveres, desde a sua criação e modos de produção até as pausas do evento e a luta por sua continuidade.
Essa ação faz parte do projeto “Feverestival” contemplado pelo Edital ProAC Expresso LAB Nº 60/2020 – Eixo Premiação Mostras, Festivais no Estado de São Paulo (PJ) promovido pelo Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa e o Governo Federal.
O Feverestival começou lá atrás, em 2003, com outras formigas – gestoras e gestores culturais, além de coletivos e sedes teatrais – do distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). Ali elas estudavam coletivamente, trabalhavam e faziam teatro por amor… por paixão.
Afeto. Essa palavra está escrita em cada passo dado nestes dezoito anos, desde quando o Feveres brotou.
Afeto esse que foi florescendo naturalmente no coração de cada formiga que ajudou e ainda ajuda a construir um Feverestival que está em constante construção e evolução. Como as formigas, o Feveres continuou seus trabalhos. E quer sempre mais, sempre melhor, e para todos, todas e todes.
“Foi bom olhar para o passado e entender pelo que o Festival já passou. Olhamos para os espetáculos, artistas e linguagens cênicas que estiveram em nossa programação, e conseguimos entender para onde queremos que o Festival vá”, conta Vini Silveira (Núcleo Gestor).
“Encerramos a 15ª edição em 2020 pensando Futuros Desejáveis e menos de um mês depois, tudo fechou. Em 2021 olhamos para o passado… e reconhecemos um movimento cultural incrível” – Dudu Ferraz (Núcleo Gestor)
2021: o ano do desafio
Quando o ato do encontro é impossibilitado, o Núcleo Feverestival evoca o passado para mirar o futuro. Em 2021, ainda tomados pelas incertezas causadas pela pandemia do Covid-19, o Feveres não aconteceu. Não da forma como conhecemos, com teatros lotados e uma movimentação intensa por toda a cidade de Campinas.
Em vez disso, o Núcleo Gestor mergulhou nas memórias do Festival. Descobriu de que maneira ele se consolidou como um evento tão importante para Campinas e para o Brasil; reverenciou os artistas que iniciaram essa história; celebrou conquistas de anos de construção e diálogo e até descobriu como surgiram as formigas (essa resposta pode ser conferida no curta).
Pelas palavras de Francisco Barganian (Núcleo Gestor), continuar o Feverestival desta maneira em 2021 trouxe um amadurecimento grande para o Festival e para as pessoas. “Todas essas ações vieram para a gente conseguir manter o Feveres para além da nossa gestão. Fomentamos experiências que capacitam novos profissionais no mercado cultural e preparamos pessoas para o trabalho coletivo dentro do Festival”. Além do documentário, ainda neste ano o Feveres ofereceu diversos cursos dentro da programação das Ações Pedagógicas 2021 com o objetivo de qualificar o debate de artistas, produtores e gestores culturais.
Durante o processo de construção do curta-metragem, a equipe viu-se inúmeras vezes mergulhada em novos conhecimentos e tecnologias e esse movimento trouxe um enriquecimento enorme para a consistência do Festival. “Tínhamos uma página em branco no começo. Aprendemos a fazer roteiro, estudamos e pesquisamos arquivos antigos do Feverestival… foi uma grande oportunidade para todos nós, além de organizarmos melhor a estrutura de trabalho do Feveres e manter a equipe financeiramente ao longo do ano”, relata Dudu Ferraz (Núcleo Gestor).
“As pessoas vão se surpreender ao ver
o quanto o Feverestival movimenta dentro de
Campinas” – Dandara Lequi, (Núcleo Gestor)
Produção do filme
Vini Silveira conta que quando o Núcleo Gestor começou a organizar o histórico do Feverestival, no 2º semestre de 2020, a equipe encontrou uma infinidade de imagens e vídeos que revelaram uma diversidade de artistas e obras teatrais que já passaram pelo Festival.
A partir da reunião deste arquivo brotou a vontade de produzir um documentário. “Conversamos com Cynthia Margareth (produtora cultural que esteve à frente do Feverestival por muitos anos, até 2018), para que ela compartilhasse conosco informações e histórias sobre o que do Festival nós desconhecíamos. A partir disso iniciamos o processo de escrita do roteiro”, aponta Vini.
Dali para frente, o trabalho ficou mais intenso. O Núcleo entrou junto no processo criativo de maneira horizontal e colaborativa e acessou alguns artistas que arremataram a estética e sonoridade do filme: Lígia Villaron na edição de vídeo; Bárbara Ghirello nas animações e motion design e Bito Coelho na trilha sonora original (juntamente com Dudu Ferraz). Além disso, a narração do filme é feita pelas vozes do Núcleo e de Cynthia – afinal, o Festival é feito por muitas pessoas.
“Tudo o que fizemos neste ano foi bem diferente. A partir do arquivo audiovisual vislumbramos um mundo novo e estamos muito contentes com o resultado. No fim, prestamos uma justa e linda homenagem a todos aqueles e aquelas que construíram o Feverestival”, sinaliza Dandara.
O filme possui acessibilidade em Libras e Audiodescrição – um ponto de atenção e grande importância para o Núcleo Gestor, que busca abrir caminhos através de materiais acessíveis que mediem o Festival para novos públicos. “Enxergamos aqui mais uma possibilidade de apresentar o Festival para as comunidades cega e surda de Campinas, para que nas próximas edições possam acompanhar nossa programação”, pontua Victor Ferrari (Núcleo Gestor).
“Memórias do Feverestival – A coragem de andar junto”
Duração: 17 minutos
Classificação indicativa: Livre
Lançamento: 25/11 (quinta-feira)
Horário: 20h
Disponível em: Site oficial do Feverestival
Ficha técnica
Direção e Roteiro: Dandara Lequi, Dudu Ferraz, Francisco Barganian, Lígia Villaron e Vini Silveira
Pesquisa: Bruna Schroeder, Cynthia Margareth, Dandara Lequi, Dudu Ferraz, Francisco Barganian, Lígia Vilaron, Lucas Michelani, Victor Ferrari e Vini Silveira
Produção: Feverestival
Narrações: Bruna Schroeder, Cynthia Margareth, Dandara Lequi, Dudu Ferraz, Francisco Barganian, Lucas Michelani e Vini Silveira
Design gráfico e Motion design: Bárbara Ghirello
Montagem e edição: Lígia Villaron
Imagens de arquivo:
Arquivo Laboratório Cisco
Arquivo LUME Teatro
Afonso Neto
Alessandro Poeta
Ana Carolina Salomão
Arthur Amaral
Cauê Felix
Chun
Conrado de Moraes
Gabriella Zanardi
Kaian Ciasca
Karen Mezza
Karina Couto
Laura Françozo
Levi Munhoz
Lilian Walker
Mariana Rotilli
Maycon Soldan
Neander Heringer
Nina Pires
Paula Champi
Paula Poltronix
Roberto Ciasca
Rodrigo Faria
Digitalização do arquivo: Francisco Leandro e Laboratório Cisco
Captação de imagens: Lígia Villaron e Nina Pires
Trilha musical original: Bito Coelho e Dudu Ferraz
Captação, Edição e Mixagem de som: Bito Coelho
Bateria e percussões: Bito Coelho
Violão, Guitarra e Voz: Dudu Ferraz
Saxofone Soprano e Flauta Transversal: Tom Saraiva
Música: “Regar e não Reter” (Dudu Ferraz e Cynthia Margareth)
Interpretação em Libras: Karina Zonzini
Audiodescrição: Isadora Ifanger
(Carta Campinas com informações de divulgação)