Um estudo publicado por pesquisadores brasileiros revela que nos últimos 5 anos, desde o golpe de 2016, o Brasil caminha a passos largos para o passado, aumentando as exportações de bens primários e diminuindo as exportações de produtos industrializados. “A participação dos primários na pauta aumentou de 37,2% em 2016 para 44,3% em 2020. A dos produtos de média e alta tecnologia na caiu de 20,2% para 14,2% e de 5,2% para 3,1%”, anotou o professor e pesquisador João Romero, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma universidade pública.
Os números mostram o sucesso da onda conservadora que atingiu o país e elegeu um governo de extrema direita de perfil evangélico-miliciano. O golpe de 2016 foi o início do retrocesso da democracia e da economia brasileira de forma avassaladora, já destruída pela Lava Jato que não preservou as empresas brasileiras. O projeto do governo Bolsonaro de tornar o país atrasado, radicalizado, com uma elite rica e privilegiada, tem dado certo. A defesa do voto impresso, por exemplo, também se coaduna com o retrocesso tecnológico. O governo Bolsonaro é a coroação da tragédia que abate o país. Os dados econômicos de 2018 a 2020 são estarrecedores.
“Os produtos que apresentaram maior crescimento das exportações entre 2018 e 2020 foram produtos primários e manufaturas baseadas em produtos primários. Os produtos que apresentaram maiores quedas nesse período foram produtos de média e alta tecnologia. A quantidade exportada de madeira bruta aumentou 205% entre 2018 e 2020, acumulando aumento de 542% desde 2016. A quantidade exportada de ouro aumentou 30% entre 2018 e 2020. De 2018 a 2020, a exportação de motores não-elétricos caiu 78%. A exportação de máquinas de escritório caiu 26% de 2016 para 2018, e mais 63% de 2018 para 2020.”, anotou.
Mais do que tornar o rudimentar, atrasado e menos desenvolvido, os números mostram a ligação com o crime organizado e com milícias. “O crescimento das exportações de madeira e ouro geram um alerta de que uma parte desse crescimento possa ser oriundo de atividades ilegais, em função da drástica redução da fiscalização ambiental observada nos últimos anos”, anotou o pesquisador.
Participaram do estudo, chamado de ‘Mudança do padrão das exportações brasileiras entre 2016 e 2020: o Brasil na contramão do mundo’ , além do professor João Romero, os pesquisadores Danielle Carvalho, Arthur Queiroz e Ciro Moura. O texto da pesquisa pode ser encontrado AQUI.
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