Em São Paulo – A exposição “Rafael França: réquiem e vertigem” entra em cartaz a partir do dia 22 de maio na Galeria Jaqueline Martins. No ano em que se completam três décadas de sua morte, a exposição homenageia vida e obra de Rafael França (1957-1991).
A curadoria é uma colaboração entre a escritora Veronica Stigger e a Galeria Jaqueline Martins.
Dez vídeos do artista, realizados entre 1983 e 1991, são o fio condutor para uma exploração do modo como a vertigem (que, em sua obra, é réquiem e é erotismo) impõe uma alteração nos corpos, que se desmontam, se remontam, se travestem, se fragmentam, se dissolvem, adoecem, morrem, persistem, pulverizados como relíquias, nas imagens.
A exposição pretende celebrar Rafael França apresentando não apenas trabalhos seus, mas buscando estabelecer diálogos com produções de alguns artistas de sua geração e também das gerações anteriores e posteriores, no Brasil e no exterior.
Estão presentes Mário Ramiro e Hudinilson Jr (seus parceiros no grupo 3Nós3), Leonilson, Alair Gomes, Letícia Parente, Luiz Roque, Bruno Mendonça, Fabiana Faleiros, Davi Pontes, Wallace Ferreira, Luis Frangella, David Wojnarowicz, Robert Mapplethorpe e Cibelle Cavalli Bastos.
Para além dos artistas, propõe-se também estender o diálogo com escritores que estavam produzindo na mesma época que França ― Caio Fernando Abreu, Arnaldo Xavier, João Gilberto Noll, Ana Cristina César e Roberto Piva ―, por meio de trechos selecionados de seus livros.
Para a abertura da exposição que homenageia Rafael França, a escritora Veronica Stigger e a Galeria convidaram os artistas Bruno Mendonça e Fabiana Faleiros para realizarem performances-diálogos com a obra de Rafael França.
Esta espécie de interlocução está presente em todo o projeto da exposição, conectando artistas de diferentes gerações, linguagens e contextos.
Neste sábado, dia 22/05, às 16h, Bruno Mendonça apresenta “Ornitorrinco”, uma peça spoken word em que realiza diversos tipos de vocalizações de poemas de sua própria autoria, assim como excertos de textos de outros autores, fragmentos de músicas, versões, anotações, entre outros. Nesta espécie de “texto baba”, o artista conversa com Rafael França, cruzando questões biográficas, influências, problemáticas micro e macro políticas, reflexões sobre gênero e sexualidade, propondo também atualizações, revisões e outros olhares.
Seguindo as recomendações de distanciamento social, a Galeria Jaqueline Martins limita o público presente na performance ao máximo de 20 pessoas (inscrições: [email protected]). A performance será também transmitida via live no Instagram. Mais informações pelo SITE da Galeria.
(Carta Campinas com informações de divulgação)