O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), do governo Bolsonaro, reconheceu que os ofícios que mostram o superfaturamento de compra de máquinas agrícolas para beneficiar parlamentares, que foi divulgado por jornalista do Estadão e está sendo chamado de ‘Bolsolão’, estão escondidos e não serão mostrados para a população.
Vale lembrar que uma das primeiras medidas do governo Bolsonaro foi destruir avanços na transparência das contas públicas promovidos pelos governos do PT durante décadas. Em uma das primeiras canetadas, logo após as eleições, vários documentos públicos passaram a ser secretos. A falta de transparência beneficia a corrupção dentro dos governos e impede o controle da sociedade.
A reportagem do Estadão havia mostrado que mais de 100 ofícios de deputados e senadores determinavam a destinação de recursos das emendas de relator para compra de máquinas agrícolas superfaturadas. Os políticos se referem aos valores como “minha cota” e definem o preço do que vai ser comprado. Seria um esquema de compra de votos para os interesses do governo. O escândalo mostra mais uma vez que a sociedade precisa reagir para criminalizar a chamada ‘emenda parlamentar individual’, que fere a Constituição.(LINK)
O ministério afirmou ao Estadão que, “por se tratar de um instrumento novo, não foi instituída a obrigatoriedade de os ofícios de parlamentares com o direcionamento de recursos estarem disponíveis na plataforma”. Ou seja, são secretos, apesar de o ministro Rogério Marinho dizer que não havia nada secreto.