Com menos de 800 mortos por Covid-19, desde o início da Pandemia, devido a uma série de medidas para conter o vírus, Cuba inicia a vacinação em massa da população com medicamento desenvolvido pelos próprios cubanos. Apesar do violento embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, Cuba conseguiu desenvolver cinco candidatas à vacina contra a Covid-19 e começou, nesta semana, a imunizar sua população com duas dessas fórmulas, batizadas de Soberana 02 e Abdala. O Brasil tem quase 430 mil mortos e ainda não consegui desenvolver uma vacina genuinamente nacional.
Chamada pelo governo da ilha de intervenção sanitária, a primeira fase de aplicação vai até agosto e atingirá a população adulta que mora nas áreas mais afetadas pelo novo coronavírus, além de pessoas de outras regiões que integram grupos com maior risco de contrair as formas graves da doença, incluindo os adultos com mais de 40 anos.
Segundo o presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez, os bons resultados dos ensaios clínicos da Soberana 02 e Abdala garantiram a autorização para que o governo realizasse o uso emergencial das duas vacinas. Pelo Twitter, ele afirmou que 70% da população cubana deve estar imunizada até agosto. “Alcançar essa meta em meio à pandemia é uma demonstração de unidade e do poder do talento de um povo pequeno com grandes sonhos”, escreveu.
As autoridades de saúde do país garantem a segurança dos imunizantes. “As duas candidatas a vacinas demonstraram ser seguras e capazes de gerar anticorpos específicos contra o vírus”, disse, no mês passado, o vice-presidente do grupo BioCubaFarma, Eulogio Pimentel.
Enquanto produzia suas vacinas, Cuba atendeu a população por meio de um sistema de saúde que conta com 11.127 consultórios comunitários, 449 policlínicas, 150 hospitais, 479.623 trabalhadores na saúde e nove médicos disponíveis a cada grupo de mil habitantes.
Assim, apesar de estar na América Latina, uma das regiões mais afetadas pela pandemia da Covid-19, Cuba soma apenas 778 mortes por Covid-19, com uma taxa de letalidade, registrada em março, de 0,59%. No Brasil, para comparação, a taxa de letalidade ultrapassou 4% em abril passado. (Do ptorg))