Os números de mortos computados pelo Cartórios de Registro Civil em Campinas no mês de abril, o segundo pior desde o início da pandemia, são claros em apontar que a vacinação em massa de sua população é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pela Covid-19. Os dados registram forte queda de mortes entre pessoas mais velhas, que foram as primeiras a ser vacinadas, e um aumento entre os não vacinados.
Por exemplo, na faixa entre 90 e 99 anos, houve uma queda de 79% no número de mortos em relação a média desde o início da pandemia. Já entre 80 e 89 anos, a queda foi de 45% e entre 70 e 79 anos foi de 7%, lembrando que o primeiro grupo foi o primeiro a ser vacinado.
No balanço da Prefeitura de Campinas, já foram aplicadas 402.400 doses da vacina contra a Covid. Desse total, 258.776 pessoas receberam a primeira dose e 143.624, a segunda. Mas a vacinação por idade ficou restrita até o momento às pessoas acima de 60 anos.
E a eficiência da vacina é confirmada entre os não vacinados de Campinas. Todas essas faixas etárias registraram aumento do número de mortos, em forte oposição aos vacinados. A faixa etária que registrou o maior percentual de aumento de mortes em relação à média desde o início da pandemia foi a da população entre 40 e 49 anos, crescimento de 121% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021.
Na sequencia, a faixa etária que vai dos 50 aos 59 anos viu o aumento do número de óbitos crescer 83% em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. Outra faixa etária que registou crescimento foi a de pessoas entre 30 e 39 anos, onde houve um aumento de 86%.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros. (Com informações de divulgação)