Depois de dificultar, negar a compra de vacinas contra a Covid-19, dizer que não iria comprar vacina e atrasar todo o processo de vacinação no Brasil, o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro agora está dificultando a produção de vacina em grande escala para países mais pobres e emergentes.
O governo Bolsonaro se recusa a apoiar a quebra de patentes de vacina contra a Covid-19, medida reivindicada pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS) para ajudar a população de países sem acesso à vacina. O Brasil foi o único país em desenvolvimento que criticou tal proposta, apoiada por mais de 100 países emergentes.
O diretor-geral da OMS, Tedros Gebreyesus, já pediu o apoio das autoridades brasileiras pela suspensão de patentes de vacina. O pedido foi feito em uma das primeiras reuniões bilaterais com o país desde que a pandemia de covid-19 começou.
Segundo o jornalista Jamil Chade, em artigo publicado no portal UOL, o recado foi transmitido durante reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realizada no sábado. Por meses, o governo Bolsonaro lutou contra qualquer ação internacional que viesse fortalecer a posição dos organismos multilaterais.
Enquanto Ernesto Araújo esteve à frente do Itamaraty, a ordem era evitar qualquer iniciativa global, dentro do que os bolsonaristas mais radicais chamavam de “globismo”. Esse princípio foi seguido pela gestão de Eduardo Pazuello no ministério da Saúde, e o governo brasileiro acabou por se ausentar dos debates. (Do GGN/Carta Campinas)
A lei de patentes no Brasil dá prejuízo de R$ 3,8 bilhões ao SUS.
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