Uma análise de eficácia provisória do ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, mostrou alta eficácia da vacina russa Sputnik V. Dados de 19.866 voluntários foram incluídos na análise de eficácia (14.964 dos quais receberam a vacina e 4.902 o placebo). A vacinação em duas doses de Sputnik V administrado com 21 dias de intervalo demonstrou eficácia de 91,6% contra COVID-19. O cálculo é baseado na análise de 78 casos confirmados de COVID-19 identificados no grupo placebo (62 casos) e no grupo vacina (16 casos). O Sputnik V gerou resposta imune.
O anúncio foi feito pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya do Ministério da Saúde da Federação Russa e o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, fundo soberano da Rússia). O estudo foi publicado na Lancet, uma das revistas médicas mais antigas e respeitadas do mundo, e refere-se aos resultados provisórios de um ensaio clínico de Fase III do Sputnik V. O Sputnik V, que é baseado em uma plataforma de vetores de adenovírus humanos foi a primeira vacina registrada do mundo contra o coronavírus.
“A publicação de dados internacionalmente revisados por pares sobre os resultados dos ensaios clínicos do Sputnik V é um grande sucesso na batalha global contra a pandemia COVID-19. A segurança e a alta eficácia da vacina russa são demonstradas pelos dados científicos sólidos apresentados e parabenizo toda a equipe do Centro Nacional de Pesquisa Gamaleya por esta conquista monumental. Várias vacinas já foram criadas com base em adenovírus humanos e esta ferramenta é uma das mais promissoras para o desenvolvimento de novas vacinas no futuro”, afirmou Alexander Gintsburg, Diretor do Instituto de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya. (Com informações de divulgação)