A pandemia de Covid-19 matou 737 campineiros entre os dias 16 de março e 16 de abril, segundo dados da Secretaria de Saúde de Campinas. Há apenas 30 dias, a cidade contabilizava 2041 mortes e agora já são 2.778. Uma morte a cada 60 minutos.
Mesmo assim, a cidade não adotou medidas mais drásticas para combater a pandemia, como um fechamento total de comércio, transporte, postos de combustíveis e até mercados, mas acompanhou as medidas do governo estadual.
O prefeito Dário Saadi (Republicanos) e prefeitos da Região Metropolitana de Campinas (RMC) se reuniram dia 19 de março em Campinas e descartaram a possibilidade de um lockdown.
No dia 26 de março, a prefeitura adotou medidas um pouco mais rígidas. “Nós estamos muito próximos de um lockdown. Apenas os serviços essenciais e o transporte público estão funcionando em Campinas. As últimas medidas que adotados vão fazer efeito nas próximas semanas, por isso, contamos com a conscientização das pessoas para que não façam aglomeração e festas em casa”, disse Saadi.
No dia 15 de fevererio, Campinas identificou um caso da nova variante de Coronavírus na cidade, o vírus que que causou uma grave pandemia no Amazonas. A paciente era uma mulher, que chegou em Campinas, no dia 14 de janeiro, num voo direto de Manaus, já com sintomas da doença. O resultado do exame, feito pelo Laboratório Adolfo Lutz.
No dia 31 de março, a variante brasileira P1 (Amazonas), com mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e também mais resistente a anticorpos, foi isolada em quatro pacientes de Campinas pelo Laboratório de Estudos de Vírus Emergentes do Instituto de Biologia da Unicamp, sob responsabilidade do professor José Modena. Os pacientes confirmados com a P1 foram atendidos pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) da universidade. O recente agravamento da pandemia no Brasil está diretamente ligada às novas variantes.