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Exposição ‘Coestelário’ reúne 72 poemas visuais para lembrar as vítimas da pandemia em 2020

A Casa das Rosas exibirá a exposição Coestelário, com 72 obras de Guilherme Gontijo Flores e Daniel Kondo. Inicialmente prevista para 18 de março, sua inauguração no espaço do museu foi adiada por período ainda indeterminado por conta das novas determinações do Governo do Estado para prevenção do contágio por COVID 19. No entanto, as ações virtuais diretamente ligadas à exposição estão mantidas. São vídeos breves de diversas personalidades da cultura lendo algumas das obras, visitas virtuais ao espaço expositivo e depoimentos dos artistas e do curador.

Poeta e tradutor, Guilherme é professor de latim na Universidade Federal do Paraná (UFPR); em 2013, foi finalista do Portugal Telecom com seus poemas, e recebeu os prêmios Jabuti e APCA de tradução em 2014. Daniel Kondo é ilustrador, tendo sido finalista do Prêmio Jabuti na categoria ilustração com os livros Minhas Contas e Surfando na Marquise, e atualmente é responsável pela coluna Últimas Palavras do jornal O Estado de S. Paulo. Em 2020, ambos se uniram para homenagear com seu trabalho as vidas perdidas durante o período da pandemia.

Estela de Aldir Blanc, de Guilherme Gontijo Flores e Daniel Kondo

Por meio de lápides em poesia visual, ao modo das antigas estelas funerárias, que davam voz e imagem à pessoa querida que partiu, a exposição Coestelário apresenta 72 estelas, em que o epigrama funerário se funde à imagem, num jogo de constelações. Aldir Blanc, Moraes Moreira, Olga Savary, Zuza Homem de Melo, Quino, Chica Xavier, Maria Alice Vergueiro e Aritana Yawalpiti são alguns dos homenageados da exposição.

“O projeto é um gesto de agradecimento pelas vidas que pudemos viver graças a tanta gente e um convite ao público para que as estelas erguidas no espaço expositivo sirvam também como um mote para conversas, recordações, depoimentos e continuidades”, afirma Luiz Carvalho, curador da exposição.

Estela de Olga Savary, de Guilherme Gontijo Flores e Daniel Kondo

Exposição

Coestelário
Ações virtuais: a partir de 18 de março às terças, quintas e sábados, no Instagram da Casa das Rosas
Artistas: Guilherme Gontijo Flores e Daniel Kondo

Curadoria: Luiz Gustavo Carvalho

Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura

Avenida Paulista, 37 – Paraíso – São Paulo (próximo à estação Brigadeiro do metrô)

Telefone: (11) 3285-6986 | 3288-9447

Funcionamento: de quarta a sábado, das 12h às 16h, mediante agendamento prévio

Convênio com o estacionamento Parkimetro: Alameda Santos, 74 (exceto domingos e feriados)

Acessibilidade: rampa de acesso, elevador e videoguia em libras.

Devido à fase emergencial da pandemia, a instituição está fechada atualmente, seguindo as recomendações do Plano São Paulo para conter a disseminação de Covid-19. A programação segue on-line, via canais virtuais do museu, e disponível pelos sites https://www.casadasrosas.org.br e https://poiesis.org.br/maiscultura/ .

Guilherme Gontijo Flores (Brasília, 1984) é poeta, tradutor e professor de latim na UFPR. Estreou com os poemas de brasa enganosa em 2013, finalista do Portugal Telecom. Em 2014 lançou o poema-site Tróiades – remix para o próximo milênio, publicado como uma caixa no ano seguinte. Em seguida vieram l’azur blazé, ou ensaio de fracasso sobre o humor (2016) e Naharia (2017). Esses quatro primeiros livros formam a tetralogia poética Todos os nomes que talvez tivéssemos (2020), publicada em um só volume. O poeta também é autor de carvão : : capim (2017, em Portugal, 2018 no Brasil) e do poema labirinto avessa: áporo-antígona (2020, disponível em https://escamandro.wordpress.com/2020/07/10/avessa-aporo-antigona-de-guil herme-gontijo-flores), além do romance História de Joia (2019). Como tradutor, publicou A anatomia da melancolia, de Robert Burton (2011-2013, 4 vols.), Elegias de Sexto Propércio (2014), Safo: fragmentos completos (2017) e Epigramas de Calímaco (2019), dentre outros. Coescreveu o livro ensaístico Algo infiel: corpo performance tradução, junto com Rodrigo Gonçalves e fotos de Rafael Dabul, e é autor do ensaio A mulher ventriloquada: o limite da linguagem em Arquíloco (disponível em: https://www.zazie.com.br/pequena-biblioteca-de-ensaios). É coeditor da revista e blog escamandro (https://escamandro.wordpress.com) e membro do grupo de performance e tradução Peroca Loca.

Daniel Kondo nasceu em Passo Fundo (RS), em 1971 e mora atualmente em São Paulo. Iniciou sua carreira de ilustrador na publicidade. Atualmente ilustra a coluna Últimas Palavras do jornal O Estado de S.Paulo. Em 2009 participou da FLIPzona para apresentar seu trabalho sobre tecnologias digitais na produção do livro Surfando na Marquise (Editora Cosac Naify). Foi finalista do Prêmio Jabuti na categoria ilustração com os livros Minhas Contas e Surfando na Marquise.

Artista, curador e pianista, Luiz Gustavo Carvalho vem desenvolvendo curadorias, como curador independente, em importantes museus, centros de arte e galerias no Brasil, Europa e Ásia, tendo apresentado pela primeira vez no Brasil nomes de grande relevância no cenário internacional, tais como Antanas Sutkus (Lituânia), Serguei Maksimishin (Rússia) e Mac Adams (Estados Unidos). Fundador e diretor artístico do Festival Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes, criado em 2012. Entre 2011 e 2014 integrou a direção artística do Zeitkunst Festival, em Berlim.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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