- programação presencial adiada
O Festival Hercule Florence, sediado em Campinas, chega à sua 12ª edição em 2021. Utilizando a fotografia como forma de pertencimento e valorização da identidade cultural, o evento, que propõe atividades educativas e inclusivas, esse ano fará ações descentralizadas, exposições e instalações em espaços públicos ao ar livre em diferentes regiões da cidade, além de atividades online devido à pandemia do novo coronavírus. O festival começou no último dia 21 e segue até 31 de março.
Para a curadora do Festival, Rosely Nakagawa, o grande desafio é ampliar a cultura para todas as regiões da cidade, além de valorizar produções com pouca visibilidade, mas grande conteúdo cultural. “Esse é o nosso objetivo principal. A escolha dos temas e atividades tem a missão de colocar a inclusão em prática, expandindo nosso raio de ação e valorizando todos os tipos de olhares”, explica.
O Festival envolve cerca de 200 profissionais e, com o modelo virtual, a proposta é encurtar distâncias no Brasil e no exterior, levando conhecimento para todos os cantos. A iniciativa foi fomentada com recursos da Lei Aldir Blanc (edital ProAC Expresso LAB), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo. “Teremos artistas de diferentes lugares do mundo participando de forma online, o que permite, apesar do isolamento, uma aproximação de conhecimentos”, reforça o criador do Festival, Ricardo Lima. “Esse ano nosso desafio é enorme já que a fotografia envolve fisicalidade, ou seja, parte dela é matéria, papel. Além disso, o Festival é conhecido pelas relações e trocas que acontecem nos mais diversos momentos da sua programação. Mas assim como a pandemia mudou as relações, as plataformas digitais se mostraram muito capazes de aproximar realidades e discussões”, completa a curadora.
Fotografia e Educação
Outro destaque é o Webinário “Quem olha, o que vê?”, que ocorre entre os dias 20 e 27 de fevereiro e que será direcionado a educadores, estudantes e pesquisadores dos cursos de Pedagogia ou Licenciatura com o objetivo de, por meio de palestras e relatos de experiências, dividirem aprendizados fora dos muros da escola. “A ideia é trazer para a discussão, práticas da fotografia e audiovisual que não necessariamente estejam ligadas às disciplinas de artes, mas que possam tangenciar outros campos do saber como física, geografia e ciências”, explica a coordenadora artística e produtora executiva, Ana Angélica Costa.
“Já os vídeo-relatos, que irão contar as experiências de professores que já fazem uso da fotografia em suas práticas, têm o objetivo de expor tais vivências que muitas vezes não são evidenciadas e discutidas. Consideramos esses momentos de troca extremamente essenciais para o conhecimento e enriquecimento da prática, por isso daremos voz a esses professores”, completa. Toda a programação pode ser conferida e as inscrições podem ser feitas pelo site: www.festivalherculeflorence.com.br
Criado em 2007, o Festival Hercule Florence tem como matriz a invenção isolada da fotografia no Brasil, feita em Campinas, em 1833, por Hercule Florence, considerado o pai da fotografia. Esse fato desencadeou na cidade atitudes fotográficas no percurso dos séculos. Dessa cultura fotográfica, nasceram os grupos de fotografia e o festival, a partir da criação da Semana Hercule Florence. Mais de 120 mil pessoas e 80 fotógrafos brasileiros e estrangeiros já participaram do evento ao longo dos anos.
Programação completa
Cursos Preparatórios:
25 a 28. Jan
14h – 17h
Fotofilme: entre fotografia e cinema, com Claudia Tavares
17h30 – 20h30
Foto-instalação: como experimentar o território, com Angela Berlinde
23 a 26. Fev
18h – 21h
Olhar o retrato e ver o mistério, com Iana Soares
Dinâmicas de Grupo: 18h às 20h
Serão realizadas na plataforma Zoom, com participantes inscritos previamente, e serão transmitidas via Youtube e Facebook:
02 e 04.mar
Representações visuais do negro brasileiro, com Marina de Mello e Souza
08 e 10.mar
Fotofilmes, com Érico Elias
Webinário: dias 20 e 27/02 das 14h às 19h
09 e 11.mar
Georges Leuzinger e a invenção da paisagem carioca com Pedro Vasquez
15 e 17.mar
Quem precisa de teoria? com Silas de Paula
16 e 18.mar
Via. Fragma. Andamentos com Maria Regina Marques
22 e 24.mar
Foto_Urbana com Baixo Ribeiro
20 e 27. Fev – 14h-19h
Webinário “Quem olha, o que vê?” A fotografia e o audiovisual em ações educativas
Palestras: Miguel Chikaoka, Carlos Eduardo Miranda, Cezar Migliorin, Inaê Coutinho, Alexandre Sequeira, Alik Wunder e Miriam Celeste Martins
Exposições convidadas
19.fev. 19h
Mãe Preta, de Patricia Gouvêa e Isabel Löfgren, no Instituto Pavão Cultural
26.fev. 19h
MAIS A MAIS OU MENOS de Fernando Lemos, na Casa de Eva
05.mar. 17h
Vídeo-instalação de Rochelle Costi no Centro de Campinas
06.mar. 15h
Eustáquio Neves no Cândido Ferreira
20 e 27.mar
Cinco instalações ao ar livre em espaços públicos selecionadas por chamada pública
13.fev 15h-18h
Exposição do acervo do ACHO (Arquivo de Coleções de Histórias Ordinárias) na sede do Arquivo
Atividades informais: simultaneamente em espaços abertos e online
06.mar 18h
Mostra histórica de Fotofilmes, com curadoria de Érico Elias
13.mar 18h
Mostra dos fotofilmes selecionados pela chamada pública
20.mar 18h
Cineclube ao ar livre com grupo OLHO
(Carta Campinas com informações de divulgação)
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