A desembargadora Marília de Castro Neves Vieira foi eleita, na última segunda-feira (30), membro do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Em outubro, Marília foi condenada pelo próprio TJ a pagar indenização por danos morais à família da ex-vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada há dois anos.
Nas redes sociais, após o assassinato de Marielle no dia 14 de março de 2018, a desembargadora disseminou informações falsas ao afirmar que a vereadora havia sido “eleita pelo tráfico de drogas” e que era “engajada com bandidos”.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio é composto por 25 desembargadores e uma das funções dele é julgar autoridades que possuem foro privilegiado.
Além das acusações falsas contra a vereadora, Marília também defendeu o “paredão” para o ex-deputado Jean Wyllys e, em um grupo fechado do Facebook, fez ofensas contra uma professora que tem síndrome de Down. “O que essa professora ensina a quem? (…) Esperem um momento que eu fui ali me matar e já volto, tá?”, escreveu a desembargadora.
Nas redes sociais, o deputado estadual Flávio Serafini (Psol) expressou revolta com a eleição de Marília e disse que sua equipe está avaliando se é possível “reverter este absurdo”. “É simplesmente repugnante que a desembargadora que caluniou Marielle Franco e sugeriu paredão para Jean Wyllys seja aprovada para o órgão especial do TJ”, disse o parlamentar. (Do Brasil de Fato)
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