Um novo estudo revela que os negros e as mulheres foram os mais afetados pela crise econômica decorrente do coronavírus no Brasil. “Os negros por estarem mais fortemente alocados no trabalho informal e as mulheres por atuarem predominantemente em setores considerados não essenciais – ambas as situações decorrentes da formação histórica do Brasil”, afirmou o pesquisador Rogério Barbosa, ex-pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), atualmente professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ), que fez o levantamento em parceria com Ian Prates.

Segundo Barbosa, os dados da PNAD confirmaram o estudo. “Para cada trabalhador formal demitido, três trabalhadores informais perderam sua condição de trabalho. E os setores não essenciais, de prestação de serviços para pessoas físicas, foram os mais duramente atingidos”, disse à Revista Fapesp, em texto de José Tadeu Arantes.
Com a falta de ação efetiva do governo Bolsonaro para combater a pandemia, a economia do Brasil foi uma das mais afetadas no mundo. “O nível de emprego – calculado pela razão entre o número de pessoas que trabalham e a população em idade economicamente ativa – caiu abaixo de 50% em abril de 2020. E continuou baixando até julho, quando atingiu o vale de 47%. Isso significa que mais da metade da população em idade de trabalhar ficou sem trabalho”, relatou o pesquisador.
O artigo “The Impact of COVID-19 in Brazil: Labour Market and Social Protection Responses” foi publicado The Indian Journal of Labour Economics. (Veja mais AQUI)
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