Desde a primeira eleição como deputado, o ex-governador Mário Covas, morto em 2011, levou a família Covas para o poder paulista e se mantém ligada ao poder político do estado há cerca de 60 anos. Seja em cargos do executivo ou do legislativo. Com Covas, vieram os filhos e netos como é o caso de Bruno Covas (PSDB), candidato a prefeito de São Paulo na disputa contra Guilherme Boulos (PSOL).
Mário Covas foi eleito deputado ainda em 1962, pelo PST, que foi extinto pela Ditadura, depois fundou o MDB e o PSDB. Em 1968, já era o líder da bancada oposicionista na Câmara dos Deputados, porém foi cassado em em 16 de janeiro de 1969 pelo AI-5.
Com a posse do ex-governador André Franco Montoro em março de 1983, já tinha garantido o cargo de Secretário de Estado dos Transportes, mas arrumou um cargo melhor como “prefeito biônico” de São Paulo. Depois foi eleito governador de São Paulo em 1995 e ficou no poder até sua morte, em 2001, quando começou o período Alckmin.
O vereador Mário Covas Neto (Podemos) é filho de Mário Covas e começou na política sob as asas do pai. Ele foi coordenador de campanha de Mário Covas. Depois desse ‘paitrocínio’, foi indicado para ser secretário na Prefeitura de Caraguatatuba. E depois seguiu carreira como vereador.
Bruno Covas, neto de Mário Covas, foi eleito deputado em 2007 e arrumou um cargo de primeiro escalão do poder no estado em 2011 como secretário do Meio Ambiente do governador Alckmin, que (coincidência) foi vice do seu avô. Em 2017 virou vice-prefeito de João Doria.
Caso a população de São Paulo não eleja Guilherme Boulos, o grupo da família Covas vai caminhar para 70 anos no topo dos círculos do poder paulista.