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Professora publica tréplica à nota do Camping

TRÉPLICA À NOTA DE ESCLARECIMENTO DIVULGADA PELO CAMPING TRÊS COQUEIROS NAS REDES SOCIAIS.

Escrita pela vítima, Carolina Violante Peres

Eu Carolina Violante Peres, me sinto lesada pela nota de esclarecimento tendenciosa, distorcedora dos fatos e até mesmo maldosa, escrita pelo Camping Três Coqueiros, de Marcelo Rodrigues, localizado na Barra do Uma, Peruíbe.
Abaixo segue uma réplica ponto por ponto à nota de esclarecimento escrita pelo dono do camping. Mas gostaria de colocar em pauta, num primeiro momento, que o fato ocorrido comigo não se trata de um fato isolado, mas expressa a dura realidade da mulher no Brasil. O Brasil é o quinto país do mundo com maior índice de violência contra a mulher, e o meu caso é apenas mais um em milhões. As mulheres precisam começar a levantar sua voz e lutar por seus direitos. Minha vida é uma trágica coleção de abusos, assédios, agressões, violências, calúnias, e esta violência que sofri no camping é só mais uma neste álbum de horrores.


Outro ponto que quero colocar em pauta nesta tréplica, é o fato de que na “nota de esclarecimento” de Marcelo, proprietário do camping, a minha pessoa é atacada, e isso consiste não apenas em difamação, mas também em um engodo, em uma enganação. O objetivo desse ataque à minha pessoa é desviar a atenção dos fatos, da violência que sofri, da propaganda enganosa feita pelo camping que alegou ser “familiar”, das irregularidades relacionadas aos protocolos de saúde, do desrespeito à lei do silêncio após às 22 horas, entre outros fatos já relatados no meu primeiro artigo, e colocar a atenção em minha pessoa, a qual é apresentada na nota de esclarecimento como “estranha”, “irritante”, “sistemática” e causadora de “transtornos”.
Como filósofa, constatei na nota de esclarecimento de Marcelo a presença de falsos argumentos, os quais Aristóteles, grande filósofo, denomina de “falácias”. Há espécies de falácias, mas na nota de esclarecimento do camping a falácia que mais aparece é aquela denominada “ad hominem”. A falácia “ad hominem” consiste em, ao invés de apresentar argumentos consistentes para defender uma tese, atacar a pessoa à qual quem escreve se dirige, ou seja, “negar uma proposição com uma crítica ao seu autor e não ao conteúdo”.
O que mais me indignou na nota de esclarecimento de Marcelo Rodrigues foi ele ter veiculado, em redes sociais, que eu, segundo algum campista que eu desconheço, seria uma pessoa “estranha”. Esta fala denota a mais pura discriminação, o mais cruel preconceito. A palavra “preconceito” é composta por duas palavras, “pre” e “conceito”, e significa, etimologicamente, “antes do conhecimento”. Marcelo endossa e divulga em sua nota a posição preconceituosa de alguém que teria me achado “estranha”. Mas como alguém pode julgar uma pessoa sem nem ao menos conversar com ela ou conhece-la? A isso se dá o nome de preconceito, de discriminação, prejulgamento. Me sinto profundamente discriminada.
Na continuidade vamos comentar todos os pontos da nota de esclarecimento do camping Três Coqueiros. Procuramos, neste texto, seguir a sequência das proposições apresentadas na referida nota.


  1. Márcio, o agressor disse para mim que vários amigos do Marcelo estavam chegando no camping. Havia amigos dele entre os clientes, e não apenas clientes que não conheciam o camping, como alega a nota divulgada por Marcelo. Marcelo já sabia que daria uma festa, mas eu, em momento algum foi comunicada deste fato.
  2. Em momento algum o dono do camping me falou que serviria café da manhã, pois ele me evitava o tempo todo, demonstrando comportamento imaturo. Eu senti que ele me evitava por eu ser uma mulher, sozinha, e por ele ser casado. Mas sou cliente e nada mais. Tenho meu companheiro, estamos juntos há seis anos, mas ele trabalha em mercado, é supervisor, e trabalha até no domingo, então ele não pode viajar comigo. Sou ultra respeitosa tratando-se de relacionamentos. Marcelo precisa aprender a ser mais profissional e simpático no trato com clientes como eu, mulheres sozinhas, que precisam ser bem acolhidas e protegidas em suas viagens.

Marcelo afirma em sua nota: “No nosso camping ouvimos música (violão) e temos clientes que levam e tocam violão isso é uma coisa que sempre vai ter em um camping, porque as pessoas querem ir para rir com amigos, fazer amigos, ouvir um violão, passear, ter experiências e por aí vai”. Bom, quanto ao violão, às festas promovidas no camping, isso não é comum em muitos campings da Barra do Una! Há campings lá que respeitam o silêncio às 22 hrs. O camping Juréia estava lotado em janeiro. Fiquei lá por uns dez dias e não houve nenhum problema com luz, com barulho. Foi perfeito, tirando o fato de que o mato pegou fogo e minha barraca quase queimou. E o Marcelo ainda queria acender uma fogueira ao lado da minha barraca, depois do que eu passei em janeiro! Uma pessoa inclusive comentou comigo que tem um camping perto do camping Três Coqueiros onde depois das 22 hrs é proibido barulho. Por lei o barulho é proibido depois das 22 hrs! Mas o próprio dono do Três Coqueiros, Marcelo, promoveu uma festança que só parou às 4 horas da manhã, e porque eu fui, educadamente, pedir para parar! Pedi desculpas para o pessoal da festa várias vezes, afinal, a culpa não era deles se o dono do camping promoveu uma festa, sendo que havia prometido um ambiente familiar. Eu estava chorando, estava com muita dor no corpo e dor de cabeça forte. Mas não fui desrespeitosa em momento algum. Eu apenas estava aflita, e isso pode ter transparecido na hora em que fui pedir para a festa acabar, as 4 horas da manhã, quando o galo já cantava. Se fosse só um violãozinho baixinho, tudo bem, mas umas vinte pessoas cantavam em coro, e cantavam muito alto, falavam muito alto. Eu cheguei a me levantar, ir ao banheiro, depois ir esquentar um leite, para esperar tudo acabar. Mas quando deu 4 horas da manhã, meu corpo e minha mente já estavam saturados, e eu precisei pedir para pararem a festa. Não gosto de estragar festas, mas aquele ambiente não era o que me havia sido prometido e eu não estava nada bem. Além disso, é proibido promover aglomerações em época de pandemia. Várias pessoas próximas umas das outras, cantando alto, sem máscara, em plena pandemia, isso é inconcebível! Detalhe: eu nem sequer fui convidada pra festa! Além disso, só pararam o luau as 4 da manhã e eu não chamo isso, esse desrespeito ao sono alheio e à lei do silêncio, de “educado” e muito menos isso é algo que a LEI tolere, e nem é algo compatível com um “ambiente familiar”.  

“O que o cliente não gostar ele pode e deve nos comunicar para que possamos fazer melhorias, sem algum problema.”

Carolina: se o campista pode, segundo as palavras de Marcelo, comunicar o que ele não gosta, então por que é que Marcelo está, em nota pública, atacando a campista Carolina, por ela ter feito alguns pedidos, como o de apagar a luz? E ainda por cima está dando a entender, caluniosamente, que Carolina é problemática e exagerada em suas reclamações.

“Então recebemos uma cliente (24, quinta feira) que passou pela base da florestal sem agendamento, o qual deve ser apresentado na base da florestal para que a pessoa possa prosseguir. A moça a princípio tinha ido para outro camping, mas depois resolveu migrar para o nosso.”

Carolina: Eu agendei com Marcelo o camping, havia conversando com ele dizendo que estava indo, por volta do dia 24. Dia 24 mandei uma mensagem por Facebook dizendo que eu iria no dia 25. Inclusive ele frisou que lá era ambiente familiar… Ele não visualizou minha confirmação final, apenas, porque não estava atento aos seus negócios. Mostrei a mensagem ao guarda, mensagem essa em que eu combinava tudo com Marcelo pelo Facebook, e ele me autorizou a passar na guarita que dá acesso à Barra do Una . 

Se Alguém tem que ser responsabilizado por minha entrada na Barra do Una, tem que ser o guarda que me registrou na guarita e me deu passagem, e o Márcio, que me aceitou no camping! Eu não invadi a Barra do Una, como o Marcelo, maldosamente, quer insinuar! Entrei na Barra do Uma com autorização do guarda da guarita. Detalhe: a Barra do Uma, na ocasião, parecia um deserto de tão vazia, e eu cheguei lá para dar lucro aos moradores, tão necessitados de clientes nesta pandemia que arrasou com tantos empreendimentos.

  1. Não passei em camping nenhum antes de ir para aquele com cujo dono eu havia conversado antes por facebook, o Três Coqueiros. Um conhecido da Barra do Una que encontrei no caminho enquanto procurava pelo camping Tres Coqueiros, me ofereceu para ficar na casa dele, mas eu me recusei, ainda mais que lá não tinha água e nem geladeira, e eu já havia conversado com Marcelo e estava esperançosa quanto ao camping Três Coqueiros, julgando que seria o ambiente ideal para o que eu me propus fazer na praia: dormir cedo, acordar cedo, aproveitar o mar, meditar, fazer yoga, alongamentos e escrever um pouco à noite, trabalhar em um livro que estou escrevendo. Eu encontrei esse conhecido por acaso, porque estava perdida, sem encontrar o camping Três Coqueiros. É mentira o que Marcelo escreve em sua nota, dizendo que eu passei em outro camping antes de ir no dele e sem agendamento.
  1. Vou falar agora das reclamações que Marcelo disse que eu fiz e vocês vão ver que são coisas básicas, nada em excesso e muito menos com implicância da minha parte. Reclamei de algumas coisas e ponto final. Não fiquei toda hora reclamando, como Marcelo afirma maldosamente em sua nota de esclarecimento. Sobre as luzes do camping, havia várias outras luzes acesas no camping, sem necessidade de manter o holofote bem acima da minha barraca acesa. Barracas não isolam a luz, e dentro da barraca era como se fosse dia. iInguém dorme com um holofote na cara. Em outros campings da Barra do Una temos luzes privadas ao lado da barraca, e as luzes perto das barracas sempre são apagadas. É mentirosa a afirmação de Marcelo que diz que todo camping deixa as luzes todas acesas. No Três Coqueiros não tem nem interruptores para acender e apagar as luzes! 

Passei vários dias em janeiro no camping Juréia, que estava lotado de pessoas, lá é um camping enorme. Lá não tive problemas com luzes, com barulho, com nada, exceto pelo incêndio que teve na vegetação no fundo do camping, que quase queimou minha barraca e as de outros clientes. É uma vegetação perigosa, que já pegou fogo outras vezes, e que precisa ser retirada do camping. Morador que tem terreno no fundo do camping alegou que já pediu ora ser tirada essa vegetação, mas que o dono do camping Jureia se recusa a fazer isso.

Outra coisa muito séria aconteceu em relação às luzes: quando eu cheguei e estava somente eu no camping, Marcelo, para economizar a luz, acendeu apenas uma luz amarela pequena e muito fraca ao lado de minha barraca. Pedi para iluminar mais o camping, afinal eu não conseguia enxergar nada com aquela pouca luz. Ele achou ruim, disse com má vontade que seria preciso rosquear as lâmpadas para acendê-las, mas por fim acabou, a contragosto, acendendo as luzes. Depois eu tive que subir em um banco para apagar as luzes próximas da minha barraca para eu dormir.

Ocorreu ainda que eu não reclamei de luz do camping do lado! Apenas comentei que era uma pena não poder dormir com escuridão total num lugar tão lindo e estrelado como aquele. E não era um camping, mas uma casa de família situada do outro lado da rua, onde tinha uma luz que acendia automaticamente. Isso garantia iluminação para o lugar, não sendo necessário deixar tantas luzes acesas, para não atrapalhar o sono dos campistas. Fiz esse comentário e não falei mais nada! O Camping Três Coqueiros quer passar a impressão de que sou implicante e sistemática, e isso é uma grande mentira.

  1. Em momento algum eu reclamei de árvores sem folhas! Sou uma professora, uma mulher muito inteligente, e que culpa tem as árvores se estamos mal entrando na primavera???? Foi Márcio, o meu agressor, quem comentou, enquanto caminhávamos pelo camping procurando um lugar melhor para eu armar minha barraca, que não havia muita sombra no camping devido à estação. Diante deste comentário dele, eu não falei NADA! Só sorri, como quem entende. O próprio Marcio certamente falou isso para o Marcelo, que eu reclamei das árvores, e inventou essa mentira para a me fazer passar por chata, sistemática, problemática, e para desviar o foco dos problemas reais que enfrentei lá. Mas este senhor que me agrediu demonstrou ter problemas com bebida, e inclusive ele difama outros moradores da Barra do Una. Eu mal cheguei no camping e ele começou a falar mal de um conhecido meu de lá, uma pessoa que conheci em janeiro e que sempre foi um gentleman comigo, sempre me recebeu muito bem, educadamente, sempre me elogiou por minha força, minha inteligência. Márcio está inventando coisas para me prejudicar, isso fica bem claro nessa nota de esclarecimento, e Marcelo está endossando essas mentiras, na medida em que ele mesmo assina essa nota.
  1. Vou comentar agora sobre a questão de eu ter reclamado do sol…Fiquei duas noites no camping. A primeira noite foi tranquila pois só eu estava lá. Mas devido a ter carregado peso, abaixado e levantado muitas vezes, dirigido por horas, inclusive em estrada de terra acidentada, minha coluna doeu e eu não dormi direito. Acordei as 9 da manhã com um calor insuportável dentro da barraca, a qual estava completamente exposta ao sol. Qualquer sol superaquece as barracas, como todo campista bem sabe, por isto os donos de camping costumam colocar toldos ou ter áreas sombreadas para os clientes poderem descansar durante o dia. Eu precisava descansar mais, devido à noite mal dormida. Então pedi para colocarem um toldo que estava dentro do camping em cima da minha barraca. Fiquei mais de uma hora esperando, muito cansada e com dor, mas não colocaram. Marcelo saiu para o mar com sua filha e eu fiquei lá no camping plantada de pé, sem ter onde repousar, porque o calor dentro de uma barraca sob o sol é insuportável. Daí eu mesma chamei a mulher de Marcelo, e o pastor da Barra do Uma que estava passando por lá, para me ajudarem a colocar o toldo. Depois eu migrei a barraca para uma sombra. Migrei o carro junto com a barraca, obviamente, e liberei o toldo para que outras pessoas pudessem acampar ali sem sofrer com o calor que faz dentro das barracas. Obviamente o sol incomoda quem acampa. Tem campings na Barra do Una com muitos locais sombreados, mas no Três Coqueiros é quase tudo debaixo do sol mesmo. Sim, tem o problema das árvores que estavam sem folhas. Mas eu não reclamei disso em momento algum!!! Isso é uma “mentira deslavada”, como diz o povo.
  1. Marcelo, em sua nota de esclarecimento, tendenciosamente afirmou que eu: “- Disse que não iria pagar o camping pq segundo ela, o camping era uma bagunça e nada familiar.” E disse também: “- Depois de tanto fazer provocações, irritações, ela foi até um dos responsáveis pelo camping (Marcelo) e disse  “Não irei pagar, seu camping faz muita bagunça”, Onde o mesmo disse: – Está bem moça, não paga, tudo bem””. Agora eu, Carolina, a vítima da história, pergunto ao leitor: reclamar com direito é fazer “provocações” e “irritações”? Isso eu chamo de difamação! Além de toda a humilhação e lesão corporal que sofri no camping, ainda ter que ver isso circulando em redes sociais é uma coisa absurdamente REVOLTANTE. Se Marcelo se irrita com quem reivindica seus direitos e uma estadia confortável, então ele não tem caráter ou estrutura psicológica, ou mesmo conhecimento de gestão humana para ser dono de um camping. As poucas coisas que pedi, foi com respeito e humildade! A nota de esclarecimento de Marcelo é desrespeitosa com minha pessoa e tendenciosa, distorce fatos para me fazer parecer uma chata, uma desequilibrada, uma pessoa desrespeitosa e exagerada em suas demandas, e tudo isso é uma grande mentira! Além disso, ele fala em sua nota de “provocações” que eu teria feito. Que provocações? Gostaria muito de saber que provocações são essas! Sou muito educada, sou humilde, até demais, e por minha humildade, por eu não ser uma mulher muito bonita e nem rica, por ser baixinha, ter um estilo meio despojado, meio hippie, as pessoas me desrespeitam demais, eu sofro muito preconceito na vida. Essa nota é difamatória e caluniosa, quase que do princípio ao fim. Ela é um completo “ad hominem”.

Ainda sobre os comentários de Marcelo na nota, citados logo acima, eu propus a Marcelo que ele me desse um abono no valor que eu teria que pagar. Eu teria que pagar duas diárias de 30 reais. Mas como ele havia prometido um ambiente familiar, ou seja, um ambiente sem barulho, de paz e com respeito ao sono alheio e às leis (como a lei que impede barulho depois das 22 hrs), então eu sugeri que ele descontasse minha segunda noite e que eu pagasse só pela primeira. O desconto seria como uma indenização pela noite infernal e não dormida, pela tortura de aguentar barulho até 4 horas da manhã, pelo trabalho que eu teria para desmontar acampamento e ter que remontar em outro lugar, pelo roteiros de passeios que eu havia programado para aquele dia e que eu havia perdido por causa da noite não dormida, e pela PROPAGANDA ENGANOSA que ele me fez do camping, dizendo que era ambiente familiar! Vocês não acham que 30 reais é até pouco por tudo que eu passei naquele lugar?

Marcelo deveria chamar o camping dele de ambiente FESTIVO, e não de ambiente familiar! Marcelo não achou justa minha proposta de descontar os 30 reais, o que demonstra sua completa insensibilidade para com o cliente e sua falta de clareza quanto às leis do país e quanto às regras de um espaço familiar. Mas depois Marcio sugeriu que eu não pagasse nada, e sugeriu isso com despeito. Marcelo concordou e eu insisti em pagar a primeira noite, mas ele não aceitou. Fui indo embora, contrariada. Márcio me acompanhou no caminho, me amaldiçoou, brigou comigo porque eu não quis emprestar 20 reais para ele momentos antes da agressão física acontecer. Ele já havia me pedido limões no dia anterior, e eu dei, e era para fazer caipirinha. Ele também comeu coisas que deixei guardada na geladeira com ele. Foi aí que Márcio me golpeou com o copo de vidro, violentamente no ombro direito, estilhaçando o copo contra o meu corpo. Eu já estava me dirigindo ao meu carro para partir quando ele me amaldiçoou por eu não emprestar o dinheiro para ele, me xingou de caloteira safada e estilhaçou o copo contra meu ombro direito.

  1. No camping ninguém usava máscara e não vi álcool em gel em lugar nenhum, nem o dono me apontou onde estaria esse álcool, e eu procurei o álcool para usar mas não achei! Deveria haver vários recipientes com álcool, na medida em que o camping acabou ficando com bastante gente. Foi promovida aglomeração de umas 20 pessoas em torno da fogueira, todos sem máscara e muito próximos uns dos outros, o que vai contra os protocolos de saúde para a época de pandemia.

9- Outra mentira horrível, e difamação, divulgadas nesta nota de esclarecimento do camping Três Coqueiros é a seguinte: “Ligou o carro dentro do camping (onde crianças brincavam) e ficou dando ré sem parar, trocava o carro de lugar a todo instante onde foi questionada educadamente por um campista vizinho.” Essa é mais uma mentira divulgada nesta nota do camping, e é uma das mais graves. Eu precisava dar ré no carro para sair do camping!!! Teve um momento que eu estava posicionando melhor o meu carro ao lado da barraca, inclusive para facilitar a circulação dos outros campistas e para que eu tivesse mais privacidade. Depois disso eu só liguei o carro quando fui sair do camping. Vi sim as crianças brincando, mas por Deus! Eu sou professora, eu amo crianças e adolescentes, e vi as crianças ali, dei minha ré com todo cuidado, e saí para o meu passeio! Ninguém do camping, nenhum cliente reclamou comigo por estar tirando meu carro, em momento algum! Sou super cuidadosa ao volante, carro para mim é para trabalho e para o meu lazer, e não para demonstrações de poder, como é para a maioria. Isso é um absurdo, uma difamação, dizer que coloquei crianças em risco e que fiquei acelerando o carro e trocando ele de lugar toda hora! Ele quer dizer que sou agressiva, que coloco a vida de crianças em risco, e isso é uma CALUNIA MUITO GRAVE!!! Não sou uma pessoa agressiva, sou até calma demais, boa demais, as pessoas abusam dessa minha bondade. Estão querendo me fazer passar por alguém que ameaça a integridade física de crianças, e isso é muito grave! E ainda estão querendo me fazer passar por uma pessoa que fica fazendo arruaça com o carro, sendo que o camping é que promoveu bagunça, não eu!!!! Como eu disse anteriormente, o camping três coqueiros está tentando deslocar o foco do problema para a minha pessoa, às custas de mais humilhação e de difamação da minha pessoa.

  1. Marcelo afirma na sua nota que quando o copo foi quebrado em minhas costas, “ficamos sem reação” (ele ficou sem reação). Nesta fala ele assume que não soube lidar com a agressão sofrida por cliente dele, agressão praticada por funcionário dele que mora no camping. Ele comprova seu despreparo para lidar com contratempos dentro do seu estabelecimento. Detalhe: o Marcio, que me agrediu, um dia antes, dia 26, havia agredido violentamente um senhor idoso com problemas mentais que pede comida por lá. O Marcelo não fez nada quanto à agressão do Márcio! Passou direto, escondendo o rosto, como um avestruz enfiando a cabeça no buraco. Marcelo afirma também que “sente muito” pelo que ocorreu. Se ele sentisse tanto assim, teria me procurado para se desculpar em nome de seu estabelecimento, ao invés de lançar uma nota pública e divulga-la em redes sociais, atacando a minha pessoa mais ainda do que eu já fui atacada no camping! Não acho, de coração, que Marcela tenha se compadecido com a violência que sofri no camping.

O Marcio irá responder pelo ato dele, e nos sentimos muito pelo o ocorrido. Mas o camping, os responsáveis presentes Marcelo e Nádia, não tem que passar por isso, tratamos todos os nossos clientes muito bem, recebemos famílias, amigos, clientes de primeira viagem, muito bem. E estamos agora, correndo contra o tempo para solucionar isso. 

O outro responsável pelo camping é quem exclusivamente irá responder pela agressão do copo. 

Nós fizemos nossa parte e ainda assim tentamos fazer o melhor para atende la. Inclusive apagar luzes próximas a ela. Também oferecemos a parte reservada do camping para que ela ficasse sossegada, onde a mesma não quis.”

  1. A nota de Marcelo afirma ainda que Marcio teria me mostrado um lugar mais calmo no camping, e que eu teria recusado ficar ali. Mais uma mentira! O lugar que Márcio, no dia em que cheguei, dia 25 de setembro, me mostrou como sendo mais reservado, na verdade se trata de um lugar muito próximo de onde a festa ocorreu, mais próximo até do que o lugar onde eu estava acampada e de onde se ouvia tudo, como se a festa estivesse dentro da minha barraca. Esse lugar péssimo era localizado atrás dos banheiros, e sem iluminação ou estrutura para camping! O próprio Márcio, que me mostrou o lugar, me disse que estava apenas mostrando, que não ia me oferecer o lugar para eu ficar, porque estava bagunçado e sujo. Então como é que ele tem a coragem de agora vir publicamente dizer que me ofereceu um lugar melhor e que eu não quis! Márcio e Marcelo estão distorcendo os fatos para me prejudicarem e se favorecerem, e isso é ridículo, é absurdo e uma falácia, como eu já disse!

Foi a meu pedido educado que pararam o Luau, e não a pedido de outro campista, como afirma a nota de Marcelo. E eu fui muito educada, como já escrevi mais acima. Pedi mil desculpas para os campistas que estavam na festa, eu estava até com vergonha de parar a festa, mas eu não aguentava mais, eu estava muito mal, com dor de cabeça, dor no corpo, extremamente cansada, afinal, eu tenho 42 anos, não sou mais uma adolescente que passa a noite em claro e fica bem com isso. Márcio responderá na justiça por sua agressão, e Marcelo pela falta de profissionalismo, omissão em relação à agressão que sofri em seu camping por seu funcionário, propaganda enganosa, e agora por difamação também, por manchar meu caráter, minha pessoa, de forma tão baixa e vil em redes sociais. Ele está compartilhando estas inverdades. E tudo é muito injusto, pois lá tinha amigos dele, e eu estava sozinha, sem ninguém para confirmar meu ponto de vista. Mas o simples fato de eu me dar ao trabalho de escrever um artigo de 5 páginas, de ir à Delegacia, ao UPA, ao IML e de contatar as mídias, e ainda de escrever uma réplica à sua nota de esclarecimento, é uma prova de que fui injustiçada. Ninguém procura problema por nada! E eu estou aqui num lugar maravilhoso, num dia de sol, escrevendo essa réplica ao invés de estar curtindo o meu lazer.

  1. Marcelo afirma ainda, na sua nota: “Situação muito chata, nunca pensamos que passaríamos por isso. Então quem nos conhece, conhece nosso espaço, peço também aos amigos, compartilhem essa nota.”. Ele quer me culpabilizar pelo que aconteceu, para disfarçar a sua própria ingerência, sua falta de trato com clientes e pessoas e todos os problemas que relatei. Apela a amigos, e isso é injusto, e ainda divulga em redes sociais uma grande falácia, uma grande mentira, a qual prejudica enormemente a minha imagem pessoal. Toda essa situação chata foi geradapela incompetência do próprio Marcelo em gerenciar seu negócio, e pelo fato dele colocar gente desequilibrada para trabalhar lá, gente como o Márcio, que agride clientes e agride morador da Barra do Uma.
  1. Vou agora comentar a fala que mais me revoltou na nota de esclarecimento de Marcelo Rodrigues: “*alguns clientes relataram o comportamento estranho da moça*”. Uma turista, trabalhadora honesta, com vida difícil como a da maior parte dos brasileiros, sai de casa, gasta seu pouco dinheirinho suado para ter paz e lazer, descanso e fortalecimento do corpo e do espirito, e vive o inferno da humilhação, da agressão, da falta de profissionalismo, da ingerência e agora, para completar, ela vive a difamação em redes sociais, com Marcelo a expondo como uma mulher “estranha”!!! Querer estar só, manter o distanciamento social indicado pela OMS para este momento de Pandemia, querer dormir, ser limpa, respeitosa, silenciosa e discreta, isso é “comportamento estranho”???? O Camping Três Coqueiros está me difamado, manchando a minha imagem, me chamando de “estranha”, dando a entender que eu seja louca ou sei lá o que, é isso é MUITO GRAVE, sobretudo considerando que além de eu ter sido impecável em meu comportamento, fui eu quem fui AGREDIDA, LUDIBRIADA COM PROPAGANDA ENGANOSA sobre o camping, NÃO SOCORRIDA NA AGRESSÃO FÍSICA, AGREDIDA VERBALMENTE. Para mim (e acho que para vocês também, caros leitores), comportamento estranho é um dono de camping não socorrer um cliente sendo agredido por funcionário dele, passar sempre rápido ao lado do cliente, demonstrar comportamento imaturo no trato com o cliente, evitando o cliente a todo momento, e promover festa com música alta até as 4 da manhã em ambiente que ele prometeu ser familiar, além de querer que o cliente durma com um holofote dentro da barraca, e querer acender fogueira ao lado de barracas altamente inflamáveis! Vocês não acham esses comportamentos estranhos para um dono de camping “familiar”?????

Marcelo também prometeu wifi no camping, mas a internet mal funcionava e eu não consegui realizar um tele trabalho que eu tinha que realizar. Haverá desconto em meu salário por isto.

Marcelo confunde o pessoal com o profissional no camping dele. Recebe amigos e faz festa como se ali não estivessem clientes, como se não existisse lei. Ali não é apenas a casa dele, mas um camping, um empreendimento, submetido as Leis do Codigo do Consumidor e a toda lei que rege sobre o território nacional. Mas o senhor Marcelo não parece ter consciência disso!

Estou numa posição muito injusta, na medida em que no camping havia amigos do dono e eu estava sozinha, sem ninguém conhecido. Poderão inventar o que bem entenderem, e espero que a Justiça leve isso em conta! Toda essa situação é muito humilhante e constrangedora, e muito triste e traumatizante. Estou com medo, medo de pessoas, medo de ser agredida, humilhada, desrespeitada; esse acontecimento trágico no Camping Três Coqueiros me gerou um trauma. Como disse meu companheiro querido que vive comigo há seis anos mas não pode viajar comigo por causa do trabalho: “Olha só no que se transformou um simples lazer na praia!”.

Fui respeitosa o tempo todo, discreta, silenciosa, não fui chata ou implicante, apenas reivindiquei o que eu sempre tive em outros campings onde acampei. Exigi o mínimo que um campista deve exigir: dormir bem, ter respeito e silêncio e um bom lugar para colocar a barraca e poder descansar durante o dia, sem ter que ficar dentro de um “forno” quente. Ninguém acampa sob o sol a pico. Aglomeração em pandemia é crime. Lesão corporal também, propaganda enganosa também, entre outras coisas que sofri no camping Três Coqueiros.

Por que Marcelo não chama o ambiente do camping dele de ambiente festivo então, ao invés de familiar????? Pois esse seria o nome mais adequado para o ambiente que ele oferece no Três Coqueiros.

Me sinto discriminada e lesada em vários direitos e levarei adiante minhas ações. Farei um novo BO com base na nota pública difamatória que está circulando nas redes sociais e com base nos demais problemas do Camping Três Coqueiros. Com essa história aprendi que devemos, sim, lutar por nossos direitos e nossa dignidade. Além disso tudo perdi muitos passeios que eu faria, perdi ontem parte da minha noite e três horas da minha manhã de hoje preparando esta réplica (perdi agora mais duas horas de lazer reescrevendo a réplica em formato aceitável para o Carta Campinas). É um absurdo um turista ter que passar por tudo isso!

Acionei sim a delegacia, fui ao UPA fazer o “bonequinho”, acionei jornais, TV, ouvidoria na Prefeitura que encaminhará minhas queixas à Secretaria de Meio ambiente. Fiz tudo isso porque estou farta de viver em um país “sem lei”, onde as pessoas agem como querem, agridem, desrespeitam, enganam, e saem impunes. A Lei precisa ser acionada pelo cidadão para ganhar vida. Lei que não é acionada pelo cidadão é lei morta. Já sofri outras violências em minha vida, e antigamente eu era boba, não denunciava, mas a partir de agora, se cuidem abusadores, porque eu não deixarei nenhum mal feito à minha pessoa passar impune; e se eu puder ajudar outras pessoas a se defenderem, também ajudarei, e já tenho feito isso. Por exemplo: ajudei uma ex-aluna de Campinas a acabar com assédio sexual no hospital onde ela era estagiária. Ela conseguiu, com minha ajuda, que o médico assediador fosse transferido de hospital e que ela ganhasse um lugar melhor para fazer seu estágio. Essa vitória não é pequena, porque a dor de um ser humano não é pequena e é incomparável… que a justiça seja feita no caso do Camping Três Coqueiros! JUSTIÇA!!!

Sem mais por ora,

Carolina Violante Peres, 42 anos.

(Formada em Filosofia pela UNESP, com mestrado em Filosofia da Linguagem pela UNICAMP, Especialização em Ensino de Filosofia pela UFSCAR, graduação em pedagogia pela Cruzeiro do Sul Virtual, com curso de extensão pela Faculdade de Economia da Unicamp, em incubação de cooperativas populares, aromaterapeuta e massagista com vários cursos, e também cursada em Bioarquitetura e Ecovilas. Também fiz cursos pela FEAGRI, Faculdade de Engenharia Agrícola da UNICAMP, e sou musicista, toco órgão eletrônico e teclado. Também fui revisora para a Faculdade de Educação da UNICAMP e participei de tradução de livro de Filosofia publicada pela Editora da UNICAMP. Desenvolvi um baralho para ensinar Filosofia, o Baralho Filosófico. Podem consultar meu Currículo Lattes para confirmar as informações.)


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