O PT e PSOL, que fizeram uma coligação para as próximas eleições municipais, defendem um conjunto de 10 medidas estruturadas em três eixos prioritários, que deveria ser adotado de forma imediata pela atual administração municipal contra o coronavírus. Entres as medidas estão testagem em massa, ampliação do sistema de compras públicas, descontos em impostos e tarifas, crédito social e contratação de profissionais da saúde
Essas medidas estão ao alcance da prefeitura e reduzirão os impactos da Covid-19 sobre a parcela da população que mais necessita atenção e cuidados do poder público. Segundo o plano, é preciso investir em três eixos: SUS que cuida e protege; Segurança alimentar para todos e Economia de emergência.
As 10 medidas foram elaboradas por diversos especialistas em cada área, a partir da análise das finanças do município, das leis existentes e das políticas até agora adotadas.
“Vivemos uma cascata de crises que estão se somando nesse momento: a crise social que sempre atingiu grandes parcelas da população e volta a se aprofundar dramaticamente de alguns anos pra cá; a crise sanitária que o Brasil, em linhas gerais, falhou em conter; e a crise econômica, causada especialmente por um modelo de administração implementado pós golpe de 2016 que precariza o trabalhador cada vez mais. O Plano Emergencial para Campinas, criado pelos PT e PSOL, se apropria dessa tarefa de corrigir alguns erros e apontar soluções imediatas para dar dignidade à população e defender a vida das trabalhadoras e trabalhadores, pois quem tem fome tem pressa”, diz o vereador e médico Pedro Tourinho (PT), que é pré-candidato a Prefeitura de Campinas.
Para Edilene Santana (PSOL), o plano emergencial foi feito pensando nas pessoas de Campinas, nas comunidades. “É fruto do olho no olho, do cotidiano sofrido de quem vive do seu trabalho e ganha a vida com muita batalha. Nossas propostas são para corrigir erros imediatamente”, diz Edilene.
Campinas já soma em seus registros quase mil mortes em decorrência de covid-19 e supera a marca dos 25 mil casos confirmados. Segundo os partidos, a pandemia deixa tristes consequências para as famílias das vítimas, amplia as desigualdades e aprofunda a derrocada econômica que o país já vinha sofrendo. Além disso, a violência doméstica, que afeta a vida de muitas mulheres e crianças, ampliou consideravelmente nesse contexto. A necessidade do isolamento social mudou nossos hábitos, as formas de trabalho, de estudo, de relacionamentos e elevou a inclusão digital a um direito fundamental para todas as cidadãs e cidadãos.
“Bolsonaro, Doria e Jonas (prefeito de Campinas), cada um em alguma medida, erraram do ponto de vista da preservação da vida. Estamos perdendo muita gente não só para a doença, mas também por conta de escolhas políticas que foram feitas. Muitas posições equivocadas foram tomadas levando confusão à população”, avalia Pedro Tourinho (PT).
À medida que a pandemia assume nitidamente um recorte social, esses governos vão cedendo às pressões de setores econômicos. “São as trabalhadoras e trabalhadores, que enfrentam o transporte coletivo cheio, patrões e patroas insensíveis, moram em casas precárias que sofrem na pele e com a vida os efeitos das más escolhas de governo. A prioridade não pode ser os ricos e poderosos, os negócios e as coisas, o central é a vida” destaca Edilene Santana, pré-candidata a vice-prefeita de Campinas e dirigente sindical.