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A lógica bolsonarista: militar mais rico e PM se matando nas ruas para manter a desigualdade

A lógica do bolsonarismo é perversa com seus próprios apoiadores desavisados e sem consciência social e econômica. Para os altos cargos das Foças Amadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), assim como a alta patente da Polícia Militar, o governo concedeu reajustes de rendimentos, privilégios na aposentadoria etc etc etc.

(foto vladimir platonow – ag brasil)

Os benefícios e privilégios mantidos pelo governo Bolsonaro ficaram com a alta patente, o que gerou até revolta dos soldados. Em dois adicionais, o de disponibilidade e de habilitação, incorporados ao soldo, os oficiais ficaram com aumento de 32% e 73%, enquanto os de baixa patente, com 5% e 12%. (LINK)

Veja aqui a lista de privilégios, boquinhas e benefícios que o governo Bolsonaro criou para agradar os militares

Enquanto isso, o que o governo Bolsonaro realmente fez para os soldados rasos, o PM pai de família que trabalha patrulhando as ruas?

Fez uma coisa: tenta dar garantia para que o PM que comete uma ação ilegal não seja punido, seja dificultando a identificação das munições e armas, seja dando liberdade para matar. Parece uma coisa boa para o policial que está na rua enfrentando bandidos, mas será?

O que isso significa a médio prazo? Significa que os militares de alta patente ficam mais ricos, com os privilégios e seguros em suas mansões e os PMs podem se transformar em assassinos para manter a desigualdade social e econômica do país.

Ou seja, o PM faz o trabalho sujo, arrisca sua vida com armas e balas não rastreadas para que os privilégios e a desigualdade social possam ser perpetuados na sociedade. É a lógica da extrema-direita com seus milhões em paraísos fiscais.

O projeto bolsonarista não é para diminuir a violência social e permitir uma vida tranquila para o Policial Militar, ir ao trabalho e voltar são e salvo para casa. O projeto não é fazer com que os PMs vivam e se aposentem como os policiais de países menos desiguais social e economicamente. Pelo contrário, é mantê-lo em um estado de guerra constante pelas ruas dos grandes centros urbanos.

Afinal, “inocentes vão morrer”. Aliás, inocentes ou incautos estão morrendo dos dois lados.

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