A série Ideias, realizada pelo Sesc São Paulo por intermédio de seu Centro de Pesquisa e Formação (CPF), segue trazendo a transmissão ao vivo de debates sobre as principais questões que fazem parte da agenda sociocultural e educativa atual. Sempre às 16h, as conferências acontecem pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo, com participação do público e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Na série de debates da semana, destacamos na quinta-feira (25), o debate “Lágrimas de morte, cantos de cura: saberes tradicionais em tempos de pandemia”. Reunindo uma sacerdotisa do candomblé e uma etnomusicóloga, essa mesa apresenta percepções que as culturas afro-brasileiras – e em especial as religiões de matrizes africanas – e indígenas construíram a respeito do adoecimento, da cura e da morte.
Essa mesa será a primeira de outras ações que irão compor o projeto: “PANDEMIA: PASSADO, PRESENTE, FUTURO”, propondo diálogos entre áreas do conhecimento que parecem distantes nas discussões sobre a pandemia de Covid-19 – as ciências da saúde, as humanidades, as artes e os saberes tradicionais. Estas ações serão compostas por especialistas, possibilitando uma conversa entre profissionais da saúde e escritores(as), estudiosos(as) da língua ou da literatura, religiosos(as) e artistas plásticos(as), sobre os cenários passados e presentes e as perspectivas quanto às mudanças impostas por surtos epidemiológicos como esse que está em curso, com características particularmente agudas no Brasil. Mais que simples diagnóstico da situação, trata-se de refletir, sob pontos de vista diferentes, e sem perder a referência do passado, sobre um futuro próximo cada vez mais incerto, partindo do multifacetado acervo cultural e científico brasileiro.
Participantes: Nívia Luz – iarolixá do Terreiro Ilê Axé Oyá e coordenadora do Instituto Oyá, é graduada em turismo e mestra em cultura e sociedade pela Universidade Federal da Bahia; Rosângela Pereira de Tugny – Doutora em música e musicologia pela Universidade de Tours (França), é professora do Centro de Formação em Artes da Universidade Federal do Sul da Bahia e autora de Escuta e poder na estética tikmũ’ũn maxakali.
Mediação: Joaci Pereira Furtado – Docente do Departamento de Ciência da Informação do Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense.
Apresentação: Dulci Lima – Pesquisadora do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc.
No sábado (27), será discutido o tema “A periferia explica: Geração de renda e inclusão produtiva em tempos de pandemia”. Diante das novas dinâmicas de vida causadas com a chegada da pandemia, serão apresentadas perspectivas de inserção social e geração de trabalho e renda a partir de pessoas e iniciativas periféricas que construíram sua autonomia e suas próprias tecnologias de sobrevivência em um contexto social de vulnerabilidade desde sempre existente nos territórios que ocupam.
Participantes: Marcelo Rocha – Conhecido como DJ Bola A Banca, é pai de três filhos e Dj da banda Abôrigens. Fundou A Banca, um negócio de Impacto da Periferia, co-criou a ANIP – Articuladora de Negócios de Impacto da Periferia em parceria com a FGVcenn e a ARTEMISIA, é conselheiro do Instituto Coca Cola Brasil e Fellow da Social Good Brasil e da Ashoka; Adriana Barbosa – É a mulher por trás de toda a plataforma Feira Preta, a maior feira negra da América Latina para fomentar os negócios de empreendedores negros e atender consumidores afro ávidos por produtos que remetessem às suas raízes. O projeto se expandiu e hoje Adriana capacita empreendedores por todo o Brasil para desenvolver suas empresas.
Mediação: Tiaraju Pablo D’Andrea – professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Campus Zona Leste/Instituto das Cidades. Coordenador do CEP (Centro de Estudos Periféricos).
Apresentação: Midiã Claudio – Assistente da Gerência de Educação para a Sustentabilidade e Cidadania.
As transmissões podem ser acompanhadas pelo youtube.com/sescsp.
(Carta Campinas com informações de divulgação)