Os empresários, principalmente do agronegócio brasileiro ligados à exportação, estão perdendo espaço no mercado internacional com o governo Bolsonaro (sem partido). Com posições ideológicas de extrema-direita e, muitas vezes, agressivas contra os principais parceiros comerciais do Brasil, que são China e Argentina, o Brasil vê seu comércio internacional ser ultrapassado por outros países.
A China acaba de ultrapassar o Brasil como maior parceiro comercial da Argentina. Isso mesmo, a Argentina que tem divisa territorial com o Brasil passou a ter um maior comércio com a China, que fica do outro lado planeta.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística da Argentina (Indec), em abril, a Argentina exportou US$ 509 milhões para os chineses principalmente produtos do agronegócio, como soja e carne bovina, um aumento de 50,6% ante igual mês de 2019. Para o mercado brasileiro, as exportações somaram US$ 387 milhões, queda de 57,3%.
Segundo especialistas, o resultado de abril deve se manter nos próximos meses, já que a China têm condições de financiar grande parte das compras da Argentina, ao contrário do Brasil que demonstra pouco interesse em negociar com a China e a Argentina, comandadas por governos de esquerda.
A mudança comercial da China pode aumentar também nos próximos meses por uma questão política diante da hostilidade do governo brasileiro. O Ministro Celso de Mello, do STF, precisou vetar a divulgação de prováveis ataques agressivos e fantasiosos de ministros do governo Bolsonaro contra a China, no famoso vídeo da reunião ministerial. A divulgação poderia provocar um incidente diplomático (Link).
Argentina e a China têm outra vantagem para aumentar as parceiras. Os dois países estão com a pandemia de coronavírus sob controle, enquanto no Brasil a propagação da Covid-19 está descontrolada e com o governo tentando esconder o número de mortos pela doença.
Dá-lhes hermanos! Quem sabe nossa salvação virá do exterior?