O ex-candidato a presidência da República, Ciro Gomes, parece ser a única voz da oposição a alertar sobre o projeto suicida que alguns militares estão implantando no Brasil sob as ordens de Bolsonaro. Na entrevista da CNN, Ciro expôs duras críticas aos militares que se alinharam ao projeto entreguista da extrema-direita, que coloca em risco a própria população brasileira e a estabilidade geopolítica da região.
“Nós tomamos um alinhamento na questão da Venezuela. O que que aconteceu? Nós agora temos chineses e russos em pleno território sul-americano, inclusive com equipamentos militares, que podem atingir Manaus. Tudo isso, essa gente tá fazendo e precisa ser enfrentada”, afirmou.
O professor Gustavo Gindre anotou em rede social que tem várias discordâncias com Ciro Gomes, mas ressaltou a importância dessa questão.
“Na entrevista que vi na CNN, ele foi, até onde eu sei, a primeira grande figura da política brasileira a dizer que os militares [que apoiam Bolsonaro, principalmente aposentados do Exército] estão (1) interessados na grana, (2) apoiando um bandido na presidência da República e (3) defendendo uma total subordinação aos interesses geopolíticos e militares dos Estados Unidos”, afirmou.
Para Gindre, as demais lideranças parecem ter medo de criticar esses militares, ter esperança de que eles ainda possam cumprir um papel racional nessa crise e/ou querem bancar os bons moços. “É preciso dizer em alto e bom som que os milicos que estão com Bolsonaro são uma corja da pior laia. Vendidos pura e simplesmente”, afirmou.
Ciro Gomes também ressaltou na entrevista que Bolsonaro não tem o apoio desse projeto entreguista na Aeronáutica e nem na Marinha.
Esses militares que sustentam Bolsonaro também estão diretamente ligados à rápida expansão da pandemia de coronavírus no Brasil. (Veja Link)
Veja entrevista a partir dos 35 minutos: