Em reunião ministerial do dia 22 de abril, Jair Bolsonaro teria dito ao então ministro da Justiça, Sergio Moro, que a troca no comando da superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro seria necessária para proteger a família, de acordo com informações de Daniel Adjuto, da CNN.
Segundo Adjuto, duas fontes que assistiram a gravação da reunião nesta terça-feira (12) afirmam que Bolsonaro deixou evidente o interesse de proteger a família de uma possível perseguição da PF do RJ. Eles dizem ainda que a nova evidência complicará, e muito, a defesa de Bolsonaro.
A repórter da GloboNews, Andréia Sadi, também informou que a gravação da reunião comprova as acusações feitas por Moro. A repórter afirmou no início da tarde desta terça-feira (12) que, de acordo com suas fontes no Palácio do Planalto, o vídeo do encontro ministerial do dia 22 de abril, prova das denúncias do ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), “é, de fato, devastador”.
“A grande discussão agora”, prossegue a jornalista, “é se ele vai ser divulgado. Mesmo que seja divulgado só o trecho que o Aras pediu, já é complicado”.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu recorrer ao relator do inquérito “Moro x Bolsonaro” no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello, para que o vídeo não seja transcrito na íntegra.
Aras considera que a transcrição integral é “desnecessária” e pode impor riscos à “soberania nacional”, caso sejam confirmados trechos da reunião com informações sobre países como a China. (Do 247 e Forum)