Uma campanha na internet cobra soluções da Prefeitura de Campinas em relação às cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Por causa da pandemia de Covid-19, as atividades estão suspensas desde o fim de março, apesar de ser uma atividade essencial para a população e para o meio ambiente. Com a paralisação, os cooperados estão sem renda.
O Ministério Público já recomendou à Prefeitura que estabelecesse uma renda emergencial para esses trabalhadores de baixa renda, cooperados ou autônomos, há mais de um mês.
Até o momento, a Prefeitura apenas fez um acordo com a Renova – empresa concessionária responsável pela coleta dos resíduos urbanos – na qual ela distribui uma cesta básica por cooperado por mês. Entretanto, isso não cobre a renda ou os custos coletivos das cooperativas, que estão acumulando dívidas.
São mais de 250 pessoas de famílias de baixa renda que dependem da venda de materiais recicláveis separados do nosso lixo. Elas estão sem renda e acumulando dívidas durante a pandemia.
Na contramão, o Prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), autorizou no mês passado o gasto de R$ 16 milhões em publicidade em plena pandemia de coronavírus.(LINK)
O Ministério Público do Trabalho do Estado de São Paulo realizou diagnóstico das cooperativas da cidade e concluiu que a demanda por reciclagem de resíduos sólidos urbanos e a importância socioeconômica da atividade, o Município de Campinas tem potencial para novas cooperativas de triagem e reaproveitamento desses materiais. “O fomento e apoio às cooperativas de reciclagem está aquém do satisfatório, cuja política pública de geração de trabalho e renda quanto aos cooperados ainda está em construção, é instável e não institucionalmente clara”, anotou
O Fórum Lixo & Cidadania da RMC afirma que a Prefeitura estava prestes a finalizar a contratação de todas as cooperativas pela execução de serviços como triagem e coleta. Hoje, apenas 2 das 12 cooperativas são contratadas. Por isso, as entidades lançaram uma campanha na internet chamando pessoas para enviarem mensagem ao Secretário de Serviços Públicos Ernesto Paulella, pedindo a resolução do problema o mais rápido possível.
A campanha promovida pela Organização Minha Campinas pode ser acessada pelo site: AQUI